10 novembro 2013

Cenários pós-Santungira (20)

Vigésimo número da série. Permaneço no segundo dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 2. O cenário da guerrilha líquida de baixa intensidade. Este cenário já foi montado na Estrada Nacional n.º 1, já está a funcionar. E poderá ser ampliado se da estrada passar às linhas férreas, seja, por exemplo, a que nos liga ao Zimbabwe a partir de Machipanda em Manica, seja a de Sena que permite o escoamento do carvão mineral de Moatize para o porto da Beira. A guerrilha barata não precisa do contributo de forças amigas nos países vizinhos, onde, de resto, ao nível dos partidos dirigentes, não parece haver qualquer tipo de vontade de apoiar a Renamo militar e logisticamente. Os tempos da Rodésia do Sul e na África do Sul do “apartheid” já não existem. Mais: a guerrilha barata aqui em causa não carece em absoluto de um comando central ou de comunicações via rádio ou celular. E até pode ser produto de uma decisão tomada antes da ocupação da base de Santungira. Se não se importam, prossigo amanhã.
(continua)
Adenda às 05:27: o corpo diplomático acreditado em Moçambique esteve reunido na tarde de sexta-feira na cidade de Maputo para analisar a situação política no país. O que é significativo não é que se tenha reunido, mas que o tenha feito à porta fechada. Aqui.

2 comentários:

nachingweya disse...

Perguntas:
Afonso Dhlakhama ainda está vivo ou foi assassinado no 21/10/2013?
Os signatários do AGP estão ou não em guerra?
Haverá eleições no dia 20 de Novembro?
No último Sábado houve uma muito concorrida reunião(festa?) no quartel de Boane.D

Salvador Langa disse...

Guerrilha barata que torna a vida cada vez mais cara.