14 agosto 2011

Para confirmar e reflectir

Aqui (obrigado ao leitor que me chamou a atenção para a notícia)
Adenda às 20:11: confira comentários aqui.

10 comentários:

Salvador Langa disse...

Caramba será mesmo verdade o que estou lendo?

Muna disse...

É outra "famigerada" "revolução verde" que vem aí...

O Conselho de Ministros desta Administração deve bater recorde em matéria de produção de decretos e aprovação de planos sem pernas para andar. De 0-10, em termos de cumprimento, estamos no 0,5.

Zicomo

Anónimo disse...

> A obsessão pelo CURTO PRAZO.

> Qual o papel do AMBIENTE num GIGAPROJECTO como este ?

> A ambição é má conselheira.

> Não se defendem as gerações futuras, optando pelo esgotamento de recursos naturais nesta e na próxima geração.

> PREOCUPANTE

Anónimo disse...

'No Sudão, 690 mil hectares pertencem à Coreia do Sul, 400 mil hectares são dos Emirados Árabes e o Egito tem área semelhante. A China obteve o direito de usar 2,8 milhões de hectares no Congo e está negociando terras em Zâmbia.'
http://www.ecodebate.com.br/2009/06/08/deslocalizacao-agricola-estrangeiros-querem-terras-para-produzir-alimentos-e-o-pais-nao-tem-controle-desses-investimentos/

Anónimo disse...

Pelos vistos, os Projectos de desenvolvimento integrado da nossa fase socialista, como os 400 mil hectares e outros, eram insignificâncias, ao lado deste de 6 milhões!


Dum Parlamento como o nosso, onde a “Assembleia da Républica vê necessidade de criar um Centro de Formação Parlamentar” (Domingo, e 14/08/11, pág.4),… onde serão privilegiadas abordagens baseadas no “apreender fazendo” em áreas como:

“… noções básicas de macroeconomia, direitos humanos e constitucionais, redacção de textos parlamentares, técnicas para a organização de “workshops”, mesas redondas e seminários de audição pública, técnicas de assessoria e produção de discursos políticos …",

Que sensibilidade podemos esperar para análise e legislação sobre matérias como esta?

Como bem disse alguém em comentário anterior, estamos a evoluir da fase dos Megaprojectos, para a fase do Gigaprojectos, de capital intensivo e fraca absorção de mão de obra.

E as micro, pequenas e médias empresas agrárias, onde a maioria da população se encontra envolvida, como evoluirão?

nachingweya disse...

MOZAGRIUS, 2ª edição 2011.
Não sei quando iremos aprender que não há desenvolvimento baseado em mão de obra estrangeira, que toda a exploração de recursos baseada em estrangeiros serve interesses estrangeiros. PIB? PIB é estatística ( A ciência segundo a qual se eu como uma galinha inteira e tu não comes nenhuma, em média, cada um de nós comeu meia galinha!)
A receita é contratarmos professores e artífices com o propósito de educar e ensinar a fazer com base nos nossos recursos. A receita é aprendermos a transformar e exportar produtos acabados.
Ainda esta manhã enquanto chovia e em plena avª Eduardo Mondlane vi uma menina transportando uma cadeira de plástico, provavelmente made in china, para o que deduzi ser escola. Com as florestas que exportamos em toros contentorizados bastar-nos-iam os ramos das árvores abatidas para termos carteiras de madeira preciosa em todas as escolas. SE SOUBESSEMOS FAZER.
6 milhões de hectares para brasileiros, outros tantos para chineses, líbios (ou já nem tanto),tugas e boers.
6 000 000 ha correspondem a um rectangulo com 300 Km de comprimento e 200 Km de largura. Imagine a porção de terra compreendida no rectangulo Maputo- Nelspruit e Maputo- Chidenguele!
O que é que sobrará para as futuras gerações? Será que quem assim decide tem noção de que as futuras gerações não se esgotam nos seus filhos e netos?

ricardo disse...

Ai estao eles, os novos "demonios da garoa":

"...OLE MULHER RENDERA..."

Olé, Mulher Rendeira,
Olé mulhé rendá
Tu me ensina a fazer renda,
eu te ensino a namorá.
Olé, Mulher Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Tu me ensina a fazer renda,
Que eu te ensino a namorá.(2x)
Lampião desceu a serra
Deu um baile no Cajazeiras
Botou as moças donzelas
Pra cantar "mulher rendeira"
As moçá de Vila Bela
Não tem mais ocupação
Sé que fica na janela
Namorando Lampião
Olé, Mulher Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Tu me ensina a fazer renda,
Que eu te ensino a namorar.
Olé, Mulher Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Tu me ensina a fazer renda,
Que eu te ensino a namorar.

E o pior e que 90% do la produzido sera para exportacao e nao para baixar os precos da oferta local...De bom mesmo, Mocambique so recebera os royalties pelo uso da terra, algum IRPC e possivelmente, quotas de 10% na estrutura accionista que rapidamente se evaporarao a cada movimento bolsista.

Ao fim ao cabo, nao tao diferente do que Mocambique ja se comprometeu fazer com a China, Vietname, Mauricio e Australia. Espanta-me mesmo que ainda nao tenham convidado os israelitas a fazerem uns kibutzin no Niassa por exemplo.

Agricultores empreendedores nacionais, so os sorumaticos!

Anónimo disse...

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/agricultores-brasileiros-recebem-60-mil-quilometros-quadrados-de-terras
_______
Note-se a relevância dos Brasileiros às FACILIDADES AMBIENTAIS.

Moçambique vira-se para o Brasil
Agricultores brasileiros recebem 60 mil quilómetros quadrados de terras

O governo de Moçambique ofereceu uma área de 60 mil quilómetros quadrados no norte do país para agricultores brasileiros plantarem cereais e algodão, revelou o ministro moçambicano da Agricultura, citado pelo jornal Folha de São Paulo

"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que eles fizeram há 30 anos no cerrado", disse ao diário brasileiro José Pacheco, ministro da Agricultura.

"A grande condição para os agricultores é ter disposição de investir em terras moçambicanas. É preciso empregar 90% de mão-de-obra moçambicana", acrescentou José Pacheco.

As terras, cuja dimensão o jornal compara a "três estados do Sergipe" e afirma ser "a nova fronteira agrícola do Brasil", situam-se nas províncias do Niassa, Cabo Delgado, Nampula (no norte) e da Zambézia (no centro) e destinam-se à produção de soja, milho e algodão.

Como contrapartida para uma concessão de 50 anos, renovável por igual período de tempo, os agricultores pagarão um imposto anual de cerca de 9,00 euros por hectare e deverão beneficiar de isenções de taxas na importação de maquinaria agrícola.

O primeiro grupo de 40 agricultores brasileiros parte para Moçambique em Setembro. Ouvido pelo jornal, o presidente da Associação de Produtores de Algodão do Mato Grosso, Carlos Ernesto Augustín, disse que a oferta tem vantagens relacionadas com o preço da terra e as questões ambientais.

"Moçambique é um Mato Grosso no meio de África, com terras gratuitas sem tantos impedimentos ambientais e com o frete para a China mais barato.

Hoje, além da terra ser caríssima no Mato Grosso, é impossível obter licença de desflorestação e limpeza de área", disse Augustín.

A China é o principal importador da soja brasileira.
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Anónimo disse...

VENHAM, VENHAM!! Brasileiros, Chineses, venham todos,... temos camponeses dispostos a aceitar salários de miséria, à vossa espera!

PR quer mais investidores chineses em Moçambique

O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, que hoje termina uma visita de Estado de seis dias à China, a convite do seu homólogo Hu Jintao, convidou ontem mais empresários chineses a investirem em Moçambique em áreas como agricultura e agro-processamento, indústria transformadora, extractiva e turismo, energias novas e renováveis, infra-estruturas diversas e serviços.

Maputo, Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2011:: Notícias

nachingweya disse...

Segundo Marshall os factores de produção são: "Posse da terra, trabalho e adiamento de consumo."
Para os nossos líderes o desenvolvimento assenta no passe dos factores de produção e garantia de um consumo de subsistência para as populações.