15 setembro 2008

Que lógicas funcionam nas "cabeças" dos eleitores? (3) (continua)


Vamos lá prosseguir um pouco mais esta série.
Deixem-me propor-vos os seguintes seis factores que estão em jogo quando votamos em Moçambique:
1. Avaliação do governo
2. Perfil do candidato
3. Exequibilidade do programa proposto
4. Potencial persuatório da engenharia política
5. Extras identitários
6. Forças de persuasão e/ou de compulsão
Tal como no número anterior, aqui fica a pergunta: que lógicas funcionam nas cabeças dos eleitores quando chega a hora do voto?

2 comentários:

MOZVOZ disse...

Vou fazer um curto comentário, sobre os três primeiros pontos referidos no artigo embora seja difícil ser breve com relação a matéria, bastante pertinente, que o professor nos traz. E que volto a defender o mesmo que afirmara no ponto I ou primeira parte do artigo no dia 13/09

1. Avaliação do governo
O eleitorado moçambicano, grosso modo, não dispõem de capacidade para fazer uma avaliação, efectiva do governo, ainda existe nas pretensões de voto a divisão, receio de regresso a instabilidade politica, havendo grupos que até afirmam ser eficiente manter estes corruptos do que meter lá outros para do mesmo jeito arruinarem as contas do estado, o que seria o final do estado.
Falar de oposição, politica, em Moçambique, não passa de mero abuso do uso da expressão – onde anda tal oposição? Então não sabe fazer uma oposição ou se não está fragmentada, está corrompida.

2. Perfil do candidato
Se com perfil do candidato, não estamos nos cingindo, aos atributos físicos, a fotogenia ou a riqueza, então não existe, de facto preocupação com o perfil (curriculum)politico nem academico, pois grosso modo, o eleitor moçambicano, não goza de capacidade para fazer uma apreciação do perfil, olha a taxa de analfabetos que temos; para uma efectiva democracia,para uma efectiva racionalização do voto ainda carecemos de grande investimento na educação, do povo – se não o vejamos o curriculum dos nossos chefes de estado.

3. Exequibilidade do programa proposto
Regra geral, o programa do governo, fora não ser de facto abrangente aos problemas da nação, não passa do papel – sendo regra geral visível o governo caminhar para além do famoso programa e sempre com resposta aos fracassos como sendo motivados pela retracção dos doadores e temos uma oposição, que é um facto, inexistente, nunca exigir o cumprimento das promessas feitas aos eleitores nos programas porque parece que ser deputado, é ser camarada, o que não é saudável para uma democracia.

Carlos Serra disse...

Muito ob rigado pelo seu contributo. Logo que possível, prossigo a série.