08 dezembro 2007

Informação-natureza: o pensamento da direita hoje (2) (continua)

"Os homens, enquanto não forem completos e livres, hão-de sonhar sempre de noite" (Paul Nizan)
É possível analisar o pensamento da direita das mais variadas maneiras.
Aqui apenas terei em conta algumas, muito poucas, dessas maneiras.
A linha dorsal do pensamento da direita tem a ver com as substâncias, com as coisas etéreas e fixas, com as leis naturais, com o horror às mudanças sociais que alterem as relações de produção, com os pensamentos sublimes, com aquilo que não muda ou que não deve mudar, com o diálogo inteligente, sensato, neutral. Por isso os seus mais dignos intelectuais - os cães de guarda, como diria Paul Nizan - agarram-se a três pressupostos, excelentemente analisados por Michael Löwy:
1. A sociedade é regidas por leis naturais, independentes da vontade e da acção humanas.
2. Como réplica da natureza, a sociedade pode ser estudada pelos mesmos métodos empregues nas ciências da natureza.
3. A sociedade deve ser estudada com objectividade, sem juízos de valor.

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