01 abril 2007

Cidade da Beira corre perigosos riscos com a extracção de areia da praia e das dunas




De Ana Alonso, residente na Beira, recebi um email do qual extractei as seguintes passagens:
"A cidade da Beira encontra-se em "cota 0", isto é, abaixo do nível do mar.
O "Relatório Final do Projecto de Gestão Integrada da Zona Costeira da Beira", realizado em 1998 por Arcadis Euroconsult, dos Países-Baixos, indica a necesidade de se proceder à paragem de extracção das areias em todas as áreas da praia e das dunas.
As dunas não são matéria morta, mas viva. Movem-se.
Ora, desde Março de 2006, todos os dias, incluindo fins-de-semana, sábados e domingos, o Conselho Municipal da Beira (CMB) autoriza a extracção maciça de areia no Bairro das Palmeiras 1, no centro da cidade, no desaguadouro, de onde diariamente entre 10 e 20 ou mais camiões extraiem um mínimo de 200 toneladas diárias de areia da praia, no centro da cidade, para a ir depositar em outros locais urbanos, para que fiquem disponíveis para o sector de construção.
As fotografias do satélite são escandalosas, a julgar pela desfeita visível desde a estratosfera da terra. Não tem cabimento.
Para além dos aterros em diversos locais urbanos, destinados certamente à especulação, a areia da praia da Beira é vendida a numerosos construtores.
Uma mudança das dunas, previsível dada o incessante saque na praia das Palmeiras, pode provocar danos irreversíveis na cidade, acabando com suas artérias principais e com os prédios, sendo o perigo potencial altíssimo como, também, o número de potenciais afectados em risco de perderem suas moradias.
Por outra parte, não se compreende como é possível que os Países-Baixos continuem a apoiar financeiramente a construção de defesas na mesma praia onde, já dentro do núcleo urbano como é Palmeiras 1, o CMB autoriza o saque em prejuízo de todos os residentes na cidade, em risco de sofrer uma tragédia de consequências imprevisíveis.
As fotos do satélite são de hoje..."

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