"A categorização dos povos africanos em “tribos” remonta ao período da colonização e ainda hoje pode ser lida nas páginas dos jornais, pois os conflitos africanos chegam às salas de redação do mundo todo com manchetes prontas, geralmente provenientes das agências de notícias norte-americanas ou européias.” Aqui.
Quinto número da série. Prossigo com as hipóteses. A makondização de Filipe Nyusi - ensaiada já com alguma frequência aqui e acolá, por Moçambicanos e estrangeiros - mais não é do que uma tentativa para dar brilho a uma das divisões da chamada identidade africana: a etnia (palavra menos severa do que a antiga tribo). Esta divisão identitária surge como auto-explicando-se, como evidente, como total, como natural, como pura substância que dispensa questionamento. Ou, para usar uma bela expressão de Achile Mbembe, como "celebração da autoctonia". Se não se importam, prossigo mais tarde.
Quinto número da série. Prossigo com as hipóteses. A makondização de Filipe Nyusi - ensaiada já com alguma frequência aqui e acolá, por Moçambicanos e estrangeiros - mais não é do que uma tentativa para dar brilho a uma das divisões da chamada identidade africana: a etnia (palavra menos severa do que a antiga tribo). Esta divisão identitária surge como auto-explicando-se, como evidente, como total, como natural, como pura substância que dispensa questionamento. Ou, para usar uma bela expressão de Achile Mbembe, como "celebração da autoctonia". Se não se importam, prossigo mais tarde.
1 comentário:
E é sobre pilares autóctones que decidimos resgatar o discurso colonial de um " Portugal uno e indivisível " vomitado até a agonia dos últimos estertores. O desespero mostra-se com ímpetos característicos.
Acho perfeito que Dhakhama continue a falar com o povo para provar que o povo não lhe quer mal.
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