Lenda urbana, boato ou rumor é "um relato anónimo, breve, com múltiplas variantes, de conteúdo surpreendente, contado como verdadeiro e recente num meio social do qual exprime de maneira simbólica os medos e as aspirações." (in Renard, Jean-Bruno, Rumeurs et légendes urbaines. Paris: PUF, 2006, 3.e éd., p.6)
No "Notícias" digital de hoje: [...] O secretário de um dos bairros da vila-sede do distrito de Lalaua foi ontem espancado até à morte por um grupo de cidadãos que o acusou de propagar a cólera [...] os desinformadores invadiram a casa do secretário do bairro [...] tendo encontrado no seu interior algumas embalagens de insecticidas, os quais foram usados como “prova material” para legitimar a agressão e consequente morte do cidadão." Aqui.
Observação: este é um fenómeno que surge ciclicamente, apesar das campanhas de sensibilização, das prisões e das punições. Recorde, por exemplo, aqui. A crença de que a cólera é intencionalmente introduzida para matar pessoas é objectivamente falsa, mas subjectivamente sentida como verdadeira. Por quê? Em 2002 dirigi uma pesquisa em Nampula sobre o fenómeno, publicada em livro em 2003 conferível aqui, com prefácio de Joseph Hanlon em inglês e português aqui. Para uma pequena perspectiva da imputação causal em vários países e comparação com o ébola, lembre este texto meu aqui.
No "Notícias" digital de hoje: [...] O secretário de um dos bairros da vila-sede do distrito de Lalaua foi ontem espancado até à morte por um grupo de cidadãos que o acusou de propagar a cólera [...] os desinformadores invadiram a casa do secretário do bairro [...] tendo encontrado no seu interior algumas embalagens de insecticidas, os quais foram usados como “prova material” para legitimar a agressão e consequente morte do cidadão." Aqui.
Observação: este é um fenómeno que surge ciclicamente, apesar das campanhas de sensibilização, das prisões e das punições. Recorde, por exemplo, aqui. A crença de que a cólera é intencionalmente introduzida para matar pessoas é objectivamente falsa, mas subjectivamente sentida como verdadeira. Por quê? Em 2002 dirigi uma pesquisa em Nampula sobre o fenómeno, publicada em livro em 2003 conferível aqui, com prefácio de Joseph Hanlon em inglês e português aqui. Para uma pequena perspectiva da imputação causal em vários países e comparação com o ébola, lembre este texto meu aqui.
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