Tempos houve em que um rasgão numa calça levava ao concerto à mão ou através de uma máquina de costura, por exemplo do tipo Singer. Era indecoroso usar uma calça com rasgões. Hoje, a vida-punk é diferente: as calças, as jeans, são compradas rasgadas e, aqui e acolá, com sinais intencionais de sujidade. Ou rasgamo-las. Calças ou calções. Na internet há montes de portais a ensinar como rasgar calças ou calções. É a moda do descuidado, do à-vontade, do destroyed, do atractivo sexy no caso das jovens de calções (o rasgão é uma porta de entrada, uma chamada sexualizada para a possibilidade da nudez).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Roupas "que dão recados" (sic publicidade televisiva) assim tipo aquilo que descobrimos de nós para os outros no facebook .
Em nyanja há um provérbio que diz " Malonda nkusatsa" que significa: Negócio é plubilicitar. Ou seja, quem publicita vende .
PS: gostaria muito de saber a idade "arqueológico-comercial deste ditado para perceber a razão dos atrasos que vivo no séc 21.
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