A história de Moçambique tem sido dolorosamente atravessada por guerras, com o seu cortejo de chacinas, mutilações, violações e destruições de bens de todo o tipo. Perdidas no tempo, ganhas pela pátina depois que os seus actores deixaram o mundo dos vivos, parecem esquecidas, sem consequências, sem traumas transmitidos. Talvez isso não seja verdade, talvez a verdade esteja na dificuldade ou na decisão de não inventariar e prevenir os impactos multilaterais dessas guerras. Para quê? Para as esquecer ou - usando termos mais modernos - para as esconder politicamente em beatíficas amnistias em nome da paz nas quais os assassinos são perdoados e as vítimas relegadas para o destino dos percalços descartáveis da história.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
O Homem é o único ser capaz de conceber a noção de inimigo, defini-lo e desenvolver estratégias para eliminá-lo. Nenhum outro ser vivo faz isso, apenas o único racional.
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