01 novembro 2013

Cenários pós-Santungira (11)

Décimo primeiro número da série. Prossigo no primeiro dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 1. O significado de Santungira. No número anterior escrevi um pouco sobre os pontos 4 e 5 dos nove propostos aqui. Passo agora aos pontos 6 e 7. Todas as propostas de discussão ou de alteração de não importa que campo institucional e/ou legal da vida do país, apresentadas pela Renamo, têm sido sistematicamente recusadas na Assembleia da República, ano após ano, através do voto maioritário da Frelimo, com base nos mais variados argumentos. Este é um campo de desgaste da auto-estima (permitam a palavra da moda política) do partido. Mas não só. As constantes promessas de manifestações de protesto e desobediência civil prometidas por porta-vozes do partido há vários anos têm sido constantemente adiadas, desgastando a sua credibilidade. Por outras palavras: a Renamo tem sido vítima de um duplo constrangimento, para si própria quando actua na civilidade parlamentar e não logra vencer, para outrem quando promete trazer e não traz para as ruas o que chama protestos populares. Se não se importam, prossigo amanhã nos restantes pontos.
(continua)
Adenda às 6:13: leia no "Mail&Guardian" um pequeno texto intitulado "Renamo de Moçambique: uma curta história" da "Agence France-Presse", aqui.
Adenda 2 às 6:18: leia um texto de Isabel Pinto Machado intitulado "Moçambique viveu as maiores manifestações de sempre de crítica ao governo", na "Rádio França Internacional", aqui.
Adenda 3 às 6:27: "Não haverá guerra civil", assegura o presidente Armando Guebuza, confira um pequeno vídeo aqui.
Adenda 4 às 16:02: Segundo a "Rádio Moçambique" no noticiário das 16 horas, a polícia de intervenção rápida ocupou hoje a sede da Renamo na cidade da Beira, tendo o comandante da corporação afirmado que irá pronunciar-se sobre isso mais tarde. Confira também aqui. Entretanto, uma pessoa morreu ontem na Estrada Nacional n.º 1 num ataque contra um camião, que, segundo a rádio, foi incendiado por homens armados da Renamo. Este é o terceiro ataque numa semana na região de Muxúnguè, província de Sofala.
Adenda 5 às 17:04: versão do "Verdade", aqui.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Há muita informação e contra-informação. Quem diz a verdade e quem mente?