20 janeiro 2012

As heranças da luta armada

Primeiro parágrafo do editorial do semanário "Savana" com data de hoje: "A forma quase desesperada como os guineenses se despediram do seu presidente evidencia de forma dramática as incertezas que esperam, uma vez mais, a antiga colónia portuguesa que nos anos 60 era o farol dos movimentos de libertação sob a égide do agrónomo Amílcar Cabral. Malam Bacai Sanhá não era uma personalidade particularmente dotada. Ao nível moçambicano seria um daqueles cinzentos secretários de grupo dinamizador com um diploma de curso em ciências sociais na RDA." Aqui.
Adenda às 6:58"O exército guineense tornou-se numa partícula da molécula dominada pelos electrões políticos egoístas. A desordem que caracteriza o exército guineense é reflexo da irresponsabilidade política dos governantes civis, que nunca desejaram a ordem nos quartéis. Pelo contrário, a desordem favorece a manipulação da classe castrense. A manipulação dos militares pelos políticos é igualmente facilitada pelas péssimas condições de vida em que vivem. Basta visitar casernas para constatar este facto." - de um comentário enviado por um doutorando guinense residente em Bissau, texto integral aqui.

2 comentários:

ricardo disse...

Triste sina a dos guineenses. Pioneiros dos bons e maus caminhos libertários. Primeiro, independentes antes do 25 de Abril. E por último, decadentes e à mercê das manigâncias dos seus libertadores.

Até quando?!

Salvador Langa disse...

Onde tocam clarins acaba a democracia.