"O caminho para cima e o caminho para baixo são um único caminho" (Heráclito)
Densamente construída sob linhas raciais e étnicas pela ideologia, pelo preconceito e pela discriminação, a África do Sul viu chegar o término formal do apartheid com a esperança de um futuro diferente ancorado em Nelson Mandela, um futuro solidário. Porém, os gestores do antigo apartheid esperaram que Mandela, sua ex-vítima e eleito chefe de Estado em 1994, mantivesse o capitalismo branco (apoiado por correias de transmissão indianas e mestiças) sob a roupagem de um Estado negro ritmado pela acção afirmativa compensadora e, dessa maneira, regesse a manutenção sedativa do proletariado e do subproletariado baratos e inquietos dos townships e dos bantustões.
Foto reproduzida daqui. Recorde esta postagem aqui.
Densamente construída sob linhas raciais e étnicas pela ideologia, pelo preconceito e pela discriminação, a África do Sul viu chegar o término formal do apartheid com a esperança de um futuro diferente ancorado em Nelson Mandela, um futuro solidário. Porém, os gestores do antigo apartheid esperaram que Mandela, sua ex-vítima e eleito chefe de Estado em 1994, mantivesse o capitalismo branco (apoiado por correias de transmissão indianas e mestiças) sob a roupagem de um Estado negro ritmado pela acção afirmativa compensadora e, dessa maneira, regesse a manutenção sedativa do proletariado e do subproletariado baratos e inquietos dos townships e dos bantustões.
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(continua)
5 comentários:
E qual seria a alternativa do sr. Malema & Cia. Imitar Samora Machel? Ou Robert Mugabe, mais recentemente? O livre pensamento e bom e ate incentivado na classe dos ideologos das malemices. Mas um mero exercicio intelectual monocolor nunca e saudavel. Se fosse pelas "grandes solucoes do Povo", e indubitavel que nazismo retirou os alemaes da miseria nos anos 30 e devolveu o poder militar e economico a Alemanha. E ate no Chile de Pinochet, todos lhe reconhecem isso. E ate aquele ditadura esquecida de Singapura, funciona ainda hoje assim. Mas a que preco?!
Hoje, ate ja se pode simular um cenario desses no computador (isto e, se MALEMA for suficientemente inteligente para fazer isso) e dai chegar as conclusoes. Deste senhor, e do seu grupo ruidoso de 200-300 seguidores e militantes do ANC oico falar que so sao significativos porque o ANC e hoje um partido hegemonico e "adormecido" nos negocios, abrindo o campo para todos os demagogos, o que, tendo em conta a realidade da maioria dos sul-africanos (negros, mulatos e brancos tambem) tera sempre campo de manobra. Considero este Malema, a versao moderna do extinto PAC. Mas que me lembre - todos eles - foram os que mais se beneficiaram do "affirmative action". Ou ja ninguem se lembram quem era Malema antes?
Vamos a ver se, na continuidade da série, consigo colocar alguns problemas da complexidade política sul-africana, enquanto aguardo um despecho do João de Sousa sobre a projecta marcha em Pretória.
Complicada história esta, problema está em conhecer os grupos e os interesses que estão em jogo.
Para ler -
http://www.iol.co.za/news/politics/mazibuko-will-lead-da-into-a-new-era-1.1166722?showComments=true
Série prometedora, parece-me...
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