2. Expulsão das análises classistas. Um segundo fenómeno para mim fascinante é aquele que consiste em despojar as sociedades dos grupos e dos antagonismos sociais, que consiste em defender que uma determinada sociedade não tem diferenças de grupo e/ou classe, que uma dada sociedade é, apenas, um compósito de diferenças, por exemplo de diferenças culturais. Quanto mais horizontalizamos uma sociedade nas diferenças culturais, menos esperamos permitir que ela seja analisada verticalmente em termos de diferenças e de antagonismos sociais. Há especialistas políticos e politizadores nesse tipo de horizontalização cultural, especialistas que se esforçam por explicar que certas sociedades não têm classes nem antagonismos, que são sociedades estruturalmente harmónicas, que são sociedades irredutivelmente específicas. Regressarei a este tópico no terceiro ponto concernente à conversão do particular ao geral.
(continua)
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