Se há coisa difícil, entre as muitas coisas difíceis da vida, ela consiste em tentar substituir o egoísmo pelo altruísmo.
Somos educados a amar os próximos, os muitos próximos, não os distantes.
Os próximos pertencem aos sentimentos; os distantes, à inteligência.
Por isso é regra geral apenas com a inteligência que podemos tentar abrir uma porta no egoísmo para entrar no altruísmo.
Não é pregando a humanidade que a ela chegamos. Não é pregando amar ao próximo que o amaremos. A cidade é a anti-natureza da aldeia.
Os oficiantes dos cultos religiosos, os praticantes da caridade, os socialistas, os realmente bondosos que escolheram sair de si e dos próximos, esses têm tentado abrir a porta.
Mas no geral somos todos o nosso canto, a demeure close, lá onde as páginas dos jornais e as televisões nos dão, diariamente, uma humanidade toda igual que, na vida real, recusamos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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