O porta-voz da Aliança Democrática (o maior partido da oposição na África do Sul), Roy Jankielsohn, afirmou, citando estatísticas do Ministério da Segurança, que diariamente são assassinados 51 sul-africanos, violadas 151 mulheres e crianças e efectuados 347 assaltos à mão armada.
Em resposta, o ministro da Segurança, Charles Nqakyla, chamou piegas aos detractores e convidou-os a abandonar a África do Sul caso não estejam satisfeitos com a situação, “(…) para que todos nós, os que amamos a África do Sul, os bons sul-africanos que querem fazer um país de sucesso, possamos continuar a trabalhar” (“Notícias” de 5 de Junho, última página).
A África do Sul tem cada vez mais condomínios e zonas urbanas fortemente defendidos por guardas privados, cães e vedações electrificadas, tal como acontece, por exemplo, nos Estados-Unidos e no Brasil e, crescentemente, em Maputo. Quem não tem isso que se salve o melhor que puder.
Existem pelo menos 500 grupos criminosos organizados no país. Veja, por exemplo,
http://www.iss.co.za/pubs/ASR/8No6/MainTrends.html
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
O camarones Abanda Adjem escreveu "Pour sauver l’Afrique", aux éditions "Connaissances et Savoirs".
Ele diz o que pensa dos africanos aos africanos , denunciando a corrupçao, o néopotismo, e a oposiçao que pensa somente em dizer nao e no dinheiro. Ele escreve que hoje em dia os africanos tem que escolher entre o suicidio ou emigraçao. Abanda Adjem diz que cada povo tem o dirigente que merece. Segundo ele a independencia aconteceu mto cedo. O que lhe choca mais é a falta de confiança e falta de esperança, Abanda Adjem diz que basta ver como é que o numero de crianças de rua aumenta assim como ver que os suburbios que nao param de crescer.
E so para acrescentar que Abanda Adjem é Professor na Universidade de Munich , lembrei-me disto a proposito do seu artigo “Drenagem de cerebros para o exterior” (mes de Abril, salvo erro). Sera que o autor de Négrologie Pourquoi l'Afrique meurt tem razao nos seus comentarios? Ou se calhar devemos simplesmente perguntar “A quand l’Afrique ?” como um dos muitos titulos dos livros de Ki-zerbo
Iolanda Aguiar
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