10 abril 2013

A cova não está em Muxúnguè (1)

"HERMES. - E é por isso que não sei se vocês tornarão a ver a Paz.
TRIGEU. - Mas para onde foi ela?
HERMES. - A Guerra atirou-a para uma cova profunda.
TRIGEU. - Que cova?
HERMES. - Aquela, lá em baixo. E bem vês quanta pedra ela pôs em cima, para que vocês a não pudessem tirar.
TRIGEU. - E agora, dize lá: que pretende a Guerra fazer de nós?
HERMES. - Só sei uma coisa, é que à tardinha mandou vir um almofariz enorme.
TRIGEU. - E que vai ela fazer com o almofariz?
HERMES. - Vai esmagar as cidades. E eu, acho que me vou embora, porque não deve tardar a sair; já se ouve o barulho lá dentro."
(Aristófanes, A Paz. Lisboa: Editorial Inquérito, sem data, p. 33)
(continua)
Adenda às 6:13: dos três partidos com portais - Frelimo, Renamo e MDM -, apenas a Frelimo colocou até ao momento o seu ponto de vista sobre o que se passou em Muxúnguè, aqui.
Adenda 2 às 6:19: o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, deverá dar hoje uma conferência de imprensa, confira aqui.
Adenda 3 às 11:32: ponto de situação das respostas ao questionário situado no lado direito deste diário com o título "Síndrome de Muxúnguè (sintomas de um problema político moçambicano)" - clique sobre a imagem abaixo com o lado esquerdo do rato:

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Eterno Aristófanes.