Vigésimo sexto número da série. Trabalhando sempre com hipóteses, termino esta série, com o sexto ponto dos seis pontos sugeridos aqui, a saber: 5. Das lógicas dos políticos às lógicas populares. Através dos mais variados meios de comunicação, os políticos - em sua maioria - são sempre intransigentes. Não só entendem que podem falar em nome do povo mesmo sem mandato deste, quanto têm a certeza de que o povo os ama. As multidões dos comícios são um bom momento para os políticos darem azo às suas lógicas. O que sucede às lógicas populares? Em sua diversidade social, em sua multiplicidade opinativa, em seus anseios, em suas desesperanças, ficam invariavelmente reféns dos discursos dos políticos e do anonimato dos votos. Os políticos não gostam que os povos pensem, mas que sejam pensados. Todavia, a história costuma ser perversa e por isso, não poucas vezes, as lógicas populares libertam-se.
(vide Serra, Carlos [dir], Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, pp.43-243)
(vide Serra, Carlos [dir], Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, pp.43-243)
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