08 janeiro 2015

E agora o que farão Dhlakama e Renamo? (7)

- "Nampula, 30 dez (Lusa) [2011] - O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, garantiu hoje que as manifestações, que visam destronar o Governo da FRELIMO do poder, vão realizar-se "a partir da primeira quinzena de janeiro". Aqui.
- "A Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, anunciou hoje a realização de "marchas políticas" em todo o país contra os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, considerando-as "as mais fraudulentas da história". Aqui.
"A Renamo ameaça boicotar a nova Assembleia da República e as assembleias provinciais". Aqui.
Sétimo número desta série. Prossigo com as hipóteses, entrando agora no segundo ponto referido no número anterior, a saber: regularidade da campanha no modelo do movimento social "magermane". Na verdade, os indicadores existentes sugerem que a Renamo poderá adoptar o modelo de protesto e resistência dos antigos trabalhadores da República Democrática Alemã, vulgo magermane, seja desfilando (ou prometendo desfilar) fisicamente nas cidades, seja desfilando na imprensa com a multiplicação de conferências de imprensa e de promessas de comícios a realizar ou de comícios efectivamente realizados.  Tal como no primeiro ponto, o objectivo é o da formação imediata de um governo de coligação, (1) flagelando rapidamente o Estado para concessões em termos de recursos de poder e prestígio (e obrigando-o a contra-argumentar na defensiva) e (2) criando preocupações ao grande Capital internacional com interesses no país e às chancelarias no sentido de pressionar o Estado a criar um elenco governamental inclusivo. Aguardem a continuidade da série.

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