- "Gente idosa e residente em Chitima acredita que nas mediações daquele povoado há rios povoados por Crocodilos e que apesar deste animal ser de difícil aquisição, um experiente premeditou este acto, tendo colhido e devidamente conservado partes de bílis deste animal, com o intuito de dizimar vidas. Esta asserção vem ao de cima por experiências amargas do passado e que virou lenda naquele povoado!" Aqui.
- "Na tragédia actual em Moçambique, não posso imaginar quanta bílis seria necessária para adicionar a 210 litros de cerveja de maneira a causar muitas mortes." Aqui. (agradeço ao RC o envio desta referência)
- "Na tragédia actual em Moçambique, não posso imaginar quanta bílis seria necessária para adicionar a 210 litros de cerveja de maneira a causar muitas mortes." Aqui. (agradeço ao RC o envio desta referência)
Sétimo número da série. Finalmente, passo à terceira e última pergunta sugerida aqui, a saber: Se a crença é subjectivamente sentida como verdadeira, qual a razão ou quais as razões? Nas condições sociais que são as suas (fraco domínio das relações sociais e naturais), as pessoas de Chitima (e não só daqui) fazem do crocodilo uma espécie de chave-mestra que abre todas as fechaduras sociais do Perigo, do Mal e das Trevas. Dispensam a evidência empírica, basta-lhes a crença, uma crença que opera como causa que faz sempre sentido. Esta é uma mera hipótese. Hipótese que se aplica, também, a todos aqueles que, em jornais, redes sociais e blogues, adoptaram - por inteiro ou como possibilidade - a malévola bílis crocodilácia como causa da tragédia de Chitima.
Adenda: entretanto, leia a produção de um boato sobre água envenenada na cidade de Tete, aqui.
1 comentário:
Mimi kama hii blog, kwa sababu inafanya mimi nadhani kuhusu Msumbiji, kila siku.
[Gosto deste blog porque me faz pensar sobre Moçambique, todos os dias]
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