Segundo número da série. Escrevi no número anterior que em certa imprensa o MDM em geral e Daviz Simango em particular têm sido nas últimas semanas politicamente construídos de uma certa maneira. Melhor dito: a construção foi reactivada, tornada sistemática, intensa, face ao período eleitoral. Como e por quê? - eis a pergunta que formulei. Vamos lá, então. O MDM e Daviz Simango, seu presidente, têm sido politicamente construídos com recurso a cinco ingredientes: regionalismo, etnicismo, nepotismo, monarquismo e estrangeirismo. Por outras palavras: em sua actividade política o MDM e Daviz Simango só pensam na Beira e, por extensão, na província de Sofala; MDM e Simango têm como única preocupação favorecer os membros da etnia Ndau; partido e presidente apenas estão interessados em fazer do país uma coutada exclusiva de amigos e parentes; o MDM mais não é do que uma monarquia montada por Simango e seus supostos acólitos, herdeira da intolerância da Renamo, de onde é oriunda; o MDM e Simango são extensões de antigos poderes coloniais e dos seus interesses estratégicos. Quanto mais politicamente importantes se tornam MDM e Simango, mais recurso político de combate se faz aos cinco ingredientes, mais potente é a balística política. Cartune reproduzido com a devida vénia daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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