O quinto número desta série.
No número anterior escrevi que faltava dar conta do mecanismo de dupla acumulação, através de duas perguntas: (1) quem são os utentes dos chapas?; (2) quem acumula com eles?
Os chapas que circulam na cidade de Maputo (talvez se pudesse dizer mais adequadamente: os chapas que circulam nas cidades do país) são, na sua grande maioria, destinados a determinados segmentos sociais. Os membros da grande e da média burguesias nacionais não são seus clientes, os clientes surgem de outros segmentos, por exemplo: pequena burguesia, os funcionários de pequeno e médio escalão, trabalhadores, vendedores, estudantes (especialmente os das escolas e das universidades públicas), etc. Chapas são transportes-desenrasca-à-maneira.
Se não se importam, prossigo brevemente.
(continua)
3 comentários:
Caro Professor nada vai mudar, negócios são negócios.
Aceitamos e prontos, resignação é a bandeira.
Miséria provoca resignação..."é ou não é?"
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