Jornais digitais, blogues do copia/cola e cronistas eufóricos espalham festivamente pelo mundo, desde ontem, a partir de fontes do Conselho Nacional de Transição, o cadáver ensanguentado de Kadafi e a mensagem de que com a morte do ditador a democracia tem finalmente as portas abertas na Líbia do petróleo, essa Líbia que, hoje destruída e pejada de armas, possuiu o mais elevado índice de desenvolvimento humano de África. Perante tão grande festival sanguíneo e tão densa kadafifobia, talvez não seja má ideia conferir quatro trabalhos que mostram outras faces da situação política na Líbia, em português aqui, aqui e aqui e em espanhol aqui (para traduzir, aqui). Recorde neste diário aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
6 comentários:
Foi feio de se ver. Mas essa foi a consenquência das escolhas do próprio Kadhaffi...Ninguém é inocente, apenas porque tem de sê-lo. Vide o caso de Mubarak. Vide o caso de Ben Ali. Vide o caso de Ali Saleh. Veremos também no caso de Al-Assad na Síria.
Aplica-se a todos os autocratas, vivos ou mortos.
Escape para uns diversão para outros servido numa bandeja da Nato.
Sem dúvida por todo o lado é ele, um verdadeiro circo.
Chocante!!!!!!!!!
Chocante ainda são os inocentes (mortos) que o antecederam desde o início desta guerra.
Sem misericórdia.
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