18 outubro 2011

E se os Moçambicanos fossem Chineses? (17)

"Espere o melhor, prepare-se para o pior e receba o que vier." (provérbio chinês)
Prossigo a série, mantendo-me ainda no ponto 5 do sumário, a saber: Poder político, Capital e relações assimétricas.
Escrevi no número anterior que, a nível meramente cultural, Moçambicanos e Chineses (permitam-me usar livremente assim estas categorias imprecisas) não são superiores ou inferiores na relações que mantêem entre si. Melhor ainda: não se consideram superiores ou inferiores. Todavia, a disponibilidade para o contacto, digamos que para a horizontalidade cultural, é determinada pela desigualdade de posse e gestão de recursos de poder político e de Capital. Os Chineses são, a este nível, consideravelmente bem mais poderosos do que nós. O Estado Nacional do Zimpeto é nosso, mas quem o financiou e o construiu foram Chineses.
Prossigo mais tarde.
(continua)
Leitura recomendada: Feijó, João, Relações sino-moçambicanas em contexto laboral - uma análise de empresas em Maputo, in Serra, Carlos, A construção social do Outro, Perspectivas cruzadas sobre estrangeiros e Moçambicanos. Maputo: Imprensa Universitária, 2010, pp. 225-296.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Quem ter poder é muitas vezes arrogante.