02 agosto 2010

Sobre o roubo do desenvolvimento

Segundo o “O País” online, três indivíduos estão detidos em Chimoio por terem sido encontrado com 40 quilos de cabos eléctricos, eventualmente retirados das linhas fornecimento de energia. Assevera o jornal que são “vendedores de utensílos domésticos, como panelas, potes, frigideiras, entre outros materiais feito de alumínio fundido.”
Comentário: aqui está um problema complexo que merece uma ampla pesquisa e um debate multilateral. Este diário está pejado de postagens sobre o que tenho chamado "roubo do desenvolvimento". Mas, ao mesmo tempo, tenho procurado mostrar que os ladrões do desenvolvimento promovem um outro tipo de desenvolvimento, no qual figura, por exemplo, a indústria domiciliária. Recorde aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

possivelmente os que "roubam o desenvolvimento" nao sao beneficiados pelo tal desenvolvimento. Creio que se essas pessoas tivessem em suas casas energia electrica teriam bons motivos para nao só nao roubar, mas até defender essas linhas. Soluções varias: alargar os beneficiarios do desenvolvimento, vigiar mais e punir exemplarmente os "ladroes".

M

V. Dias disse...

Um problema sem dúvida preocupante. Quantos ficam pivados de 'maguetsi' energia em nhungwe? Quantos são prejudicados por isso? Quantos perde a EDM e o país em geral? No dizer de um amigo "maningue", ou seja, muito. Estamos a falar de 40kg, três detidos para um problema que é geral.

Espero que a equipa do Eng° Manuel Cuambe (passa o elogio barato, composta de "super-homens") adopte medidas para contornar esta situação. Sei por exemplo que a EDM criou uma equipa de "doutos" para aproveitar os exemplos do Brasil e de Portugal, dois países que estancaram estes problemas com absoluto sucesso. É claro que não conheço as medidas tomadas por estes dois países senão tê-lo-ia dito aqui.

No "reinado" de Paúnde, em Nampula, proibiu e puniu com mdidas severas quem fosse (fosse quem fosse) encontrado com materiais roubados pertencentes à empresa EDM. Nessa altura, lembro-me, as celas da polícia em NPL tiveram "hóspedes" em números nunca vistos. E sortiu efeitos.

Zicomo

ricardo disse...

E o sistema perante os filhos de um deus menor.

Ou seja, promovendo o desenvolvimento que melhor se identifica com as suas necessidades.

Isso e o primeiro sintoma que o processo de construcao de um pais nao e abrangente.

Franjas da populacao ha que evoluiaram a olhos vistos. Outras estagnaram. Enquanto que a maioria despencou para um patamar marginal.

Ora, e exactamente este grande grupo, que aparece nas estatisticas, mas que nao se faz ouvir nos blogs e coqueteis de circunstancia que merece toda a nossa atencao.

Eu continuarei a dize-lo, ate
ficar rouco...