26 agosto 2010

Os Moçambicanos são preguiçosos? (5)

"Deus chama cada um para uma vocação cujo objetivo é a glorificação de Deus. O pobre é suspeito de preguiça, a qual é uma injúria para com Deus" - João Calvino
Mais um pouco da série.
Capítulo fascinante da história colonial é a luta entre os capatazes das plantações com o regime de tarefas e os corpos nos quais se pretendia instalar o hábito continuado do que me permitirei chamar fordismo de plantação: tantos cocos por dia, tantos pés de sisal por manhã, etc. Essa era um luta entre concepções diferentes de trabalho, de modos de produção, de visões da vida. Era nessa luta que o trabalhador era colonialmente considerado preguiçoso. Quando digo colonialmente não falo apenas do capataz e/ou do administrador: falo também do régulo, encarregado de arregimentar e de controlar os trabalhadores nas comunidades com ajuda dos cipaios.
(continua)
Nota: recorde uma série inacabada aqui.

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