29 agosto 2010

Dossier (1)

Queira consultar a primeira parte de um dossier com peças do semanário "Savana" de 27/08/2010, aqui.
(continua)

2 comentários:

V. Dias disse...

I. Senhor Paúnde haja vergonha e respeito pelo povo. Referindo-se ao comportamento de alguns políticos, o professor J. H. Saraiva disse que "no mundo há gente a crescer para baixo".

O argumento de Paúnde é enfadonho, dão para rir se não chorar. Espero que os organismos internacionais da qual Moçambique é consigntário tomem medidas imediatas, porquanto as nossas instituições de justiça não funcionam. As medidas tem efeito de um embargo, retirada da organizaçÃo, etc. etc.

II. Agora vamos as igrejas. Mais uma vez Machel tinha razão ao mandar fechar algumas delas. Chamaram-lhe de louco, tolo, ditador, etc. Afinal o homem era mesmo iluminado. Onde é que chegamos! Meu pai não gostava nada da Frelimo nem a Frelimo dele, mas nunca escondeu a sua admiração por Samora. Samora se foi, a moral também. Povo para aquela gente é um saco de batata podre. Ninguém tem respeito pela coisa pública.

Karim, o que é que o islão diz sobre isso? Sobre a corrupção nas igrejas?

Zicomo

V. Dias disse...

Para terminar:

Tenho dificuldades em conseguir a Lei dos Museus Moçambicano (que tiver é favor de ma envier para (viriatodias@hotmail.com), o que tenho é a Lei Quadro Português que pode ser "baixado" na Internet ou comprado nas livrarias.

O Sr. Paúnde afirma nesta entrevista que as fardas, armas, carro e outros objectos são pertenças da Frelimo (?). Vamos admitir loucamente que sim. Que as leve para a sede do seu partido. Mas não levem consigo o Museu da Revolução porque este pertence ao Estado.

Voltamos a Lei Quadro.

Por exemplo, a Lei Quadro Português (que não deve ser muito diferente da nossa, até porque a maioria das lei é "copy paste" das Lei portuguesas) diz no Capítulo II, Secção III do artigo 13° da "Incorporação" que, a incorporação de bens num museu pode ser feita de várias formas, entre elas: compra, doaçao, legado, herança, recolha, achado, transferencia, permuta, afectação permanente, preferência, dação em pagamento", etc.

É provável que a entrada no Museu da Revolução desses objectos alegadamente pertecentes à Frelimo tenha sido efectuados por uma das vias acima apresentadas. Ora, se o Sr. Paúnde quer de volta o espólio do seu partido pode levar de volta (passa a repetição). Insisto: que leve tudo, mas não pode levar / usurpar um Museu que é propriedade do Estado. Não faz sentido.

Enfim, não compreendo como isso é possível. Estou há dois dias a recuperar materias, artigos, etc., caso algum é similar ao nosso. Mesmo no México, no Iraque onde os Governos transferem o espaço de um museu para o outro, não hé meória de um museu estatal ter sido comprado por um partido político. A QUEM A Frelimo VAI PAGAR ESSE DINHEIRO PELA COMPRA DO MUSEU? Estou chocado.

E nem vou terminar com o habitual "zicomo" para deixar expresso o meu descontentamento.