25 dezembro 2008

Monte Mabu: a descoberta que não descobrimos

De acordo com "O País", uma equipa de cientistas ingleses descobriu na província da Zambézia "cerca de sete mil hectares de floresta conhecida como Monte Mabu, rica em biodiversidade. Em apenas três semanas (...), os cientistas, liderados por uma equipa da Royal Botanic Gardens, identificaram centenas de espécies diferentes de árvores, pássaros, borboletas, macacos e novas espécies de serpentes gigantes. As amostras das espécies encontradas pelos cientistas encontram-se na Grã-Bretanha para efeitos de análise."
Observação: sem dúvida que é sempre fantástico que algo de novo seja descoberto. Mas neste caso é ainda mais fantástico que, aparentemente, nem os Portugueses nem nós, Moçambicanos, tenham e tenhamos descoberto o que os cientistas ingleses descobriram. E, ainda por cima, serpentes gigantes. E as amostras das espécies encontradas não estão connosco, mas na Grã-Bretanha. Nesta história de convivermos com o que não descobrimos há décadas senão séculos, decididamente deve haver um gigante problema de okhwiri (feitiço), como se diz na Zambézia.

11 comentários:

Anónimo disse...

Penso k essa noticia pode nao ser novidade para os cientistas mocambicanos, pois, e' possivel k os nossos cientistas tenham feito esse estudo mas k nao foram a imprensa divulgar por falta de habito ou cultura. Quantos trabalhos bons feitos por mocambicanos estao nas bibliotecas sem publicacao? No dia que o ingles fizer esse mesmo trabalho k o Mocambicano fez vai a imprensa o publicar... Eles sao sempre assim.... Nos os Africanos e' k temos que mudar essa forma de fazer a ciencia (ciencia da gaveta e armario). A ciencia e' para o consumo publico atraves da imprensa e jornais cientificos. Se forem a ver nas bibliotecas da UEM e da UP ha varios trbalhos feitos por Mocambicanos k tbem sao descobertas mas k nao sao publicados pela imprensa para o consumo publico por falta de cultura e dinheiro. Nos conhecemos todos cientistas do mundo atraves da imprensa. Imaginem se todos esses cientistas de renome (C. Lineaus, Bohr, Einsten, Galileu, Carlos Serra, etc) nao publicassem os seus trabalhos, como e' k nos os conheceriamos? Claro k nao seriam cientistas como o sao hoje conhecidos! E' ou nao e'? Mocambique tem muitos trabalhos nao publicados nas Universidades k tbem sao descobertas mas como ainda nao existe esse habito ainda pensamos k os ingles e' k sempre descobrem.... E' preciso por a nossa imprensa virada pra ciencia e nao so ao dinheiro. Mudar tbem a maneira como a ciencia e' feita em mocambique!!!! E' preciso publicar os trbalhos feitos por Mocambicanos na nossa imprensa. Assim vamos criar impacto na area cietifica. Assim todos nos seremos cientistas como tantos outros k criam impacto na ciencia atraves da imprensa. Mais nao disse

Carlos Serra disse...

Gostaria de conhecer a reacção da nossa Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (UEM), por exemplo.

aminhavozz disse...

Descobriram??? Essa gente está a brincar connosco. Primeiro DESCOBRIRAM Africa. Agora DESCOBREM florestas em Moçambique... Eles não descobriram nada. Apenas, foram os primeiros ingleses a pisarem nessa floresta... Com cada coisa...

Carlos Serra disse...

Pois é, Zenaida. Vamos a ver se surge algumas tomada de posição sobre isso. Vcs na RM deveriam ouvir os nossos cientistas.

Anónimo disse...

A exploração do Monte Mabu foi realizada há 5 anos mas só agora foi revelada. Do grupo de 28 cientistas que efectuou os estudos faziam parte moçambicanos.
Convido-vos a ver http://mademozambique.blogspot.com/2008/12/paraso-perdido-de-acordo-com-o-jornal.html.

Carlos Serra disse...

O problema subsiste, Chagas. Até há 5 anos atrás, não havia conhecimento científico sobre a zona e sobre as espécies? Mantenho as minhas séries reservas. Aguardemos. Zenaida, por favor oiça a eng. Lídia brito.

Anónimo disse...

Pois é professor: qualquer dia os ingleses descobrem o site da RM que de informação nada tem, claro tirando as notícias da emissão. Se a Zenaida não quer que os ingleses o "descubram" (o site) é preciso mais dedicação, mais esforço. Menos patuá.

Aquilo é uma vergonha. Quase só notícias oficiosas.

Anónimo disse...

Tambem gostaria de ouvir o Departamento de Ciencias Biologicas da UEM que lida com Botanica e Zoologia, qual e' a posicao deles a cerca desta descoberta dos Ingleses na nossa terra. A Faculdade de Agronomia da(UEM) tbem tem algo a dizer sobre este assunto apesar destes lidarem mais com a producao vegetal e florestal e nao propriamente diversidade vegetal e animal. Mais nao disse

aminhavozz disse...

Anónimo, meu nome é zenaida da conceição machado. Não sou Radio Moçambique. Faço parte dos cerca de 900 trabalhadores da empresa. Se não percebeu (como é seu hábito) o prof dirigiu-se a mim como jornalista. Tem alguma critica a forma como a empresa funciona, escreva à direçâo da mesma. Ironia dirigida à mim é perda de tempo...nâo há muito que eu possa fazer. Entretanto, e por que respeito as preocupações das pessoas (mesmo sendo anónimas), vou tentar fazer chegar o seu recado às pessoas certas.

Anónimo disse...

Ja que temos uma senhora simpatica da RM, gostaria tambem de fazer chegar a minha preocupação. Como se pode "falar" com a gerencia da Radio? Muito me preocupa que a nossa radio e para ser mais justo a nossa informacao nao faça o seu papel de formar valores positivos e de opinião e de melhorar comportamentos pela via da publicidade de acções positivas e sem procurar obter vantagens imediatas (fazer negocio). Isso me preocupa de verdade Senhora Zenaida. Nao quero mudar o tema da discussão nem a provocar, mas essa é uma preocupação que sempre tive. Como usar a radio (entenda-se a midia") para ajudarmos a melhorar habitos (de higiene, de saude, de estudo, valores como a honestidade a pontualidade, respeito pelos outros, o valor do trabalho entre outros) e comportamentos.
Um abraço

Anónimo disse...

Olá, realmente esta sociedade europeia ainda não perdeu a mentalidade colonialista, pena que nós consumidores não podemos receber o que o povo de Africa faz, lamento muito, visto que sou europeu e não admiro a hipocrisia contemporânea produtiva, saudações.