É sempre interessante observar o esforço dos subjectivistas honrados no sentido de colocar o mundo a rodar em torno de subjectividades animadas e de relações divinas entre "sujeitos" que podemos educar no diálogo construtivo. Acho oportuno recordar o seguinte: "Sancho não quer que dois indivíduos estejam 'em contradição', um com o outro, como burguês e proletário […], ele desejaria vê-los entrar numa relação pessoal de indivíduo para indivíduo. Não considera que, no quadro de uma divisão de trabalho, as relações pessoais tornam-se necessariamente, inevitavelmente, relações de classes e se cristalizam como tais; assim, todo o seu palavreado reduz-se a um voto piedoso que pensa realizar exortando os indivíduos dessas classes a expulsar do seu espírito a ideia das suas 'contradições' e dos seus 'privilégios' particulares […] Para destruir a 'contradição' e o 'particular', bastaria mudar a 'opinião' e o 'querer'. […]" - Marx, Karl, Idéologie allemande. Paris: A.Costes, 1947, Œuvres Philosophiques, tome IX, p. 94 ( Marx ataca Max Stirner - 1806/1856, filósofo alemão, teórico do individualismo e da anarquia).
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