04 janeiro 2010

Resolver problemas (6)

Mais um pouco desta série, quase a terminar, mais algumas pequenas ideias.

Então, temos, por hipótese, um processo de ensino no geral apoiado na mnemónica, cada vez mais técnico, mais instrumental, mais fast food, cada vez mais massificado.
Porém, ao risco de um ensino de qualidade sofrível pode juntar-se o risco de uma visão estreita de ciência, uma visão tecnológica prisioneira do ar político emotivo de momento, a visão de que a ciência apenas deve servir para resolver problemas imediatos, espécie de curso de primeiros socorros. Ao nível das ciências sociais, não pode excluir-se a possibilidade de surgimentos de programadores agitados defendendo - usando uma imagem caricatural - que também elas devem ser técnicas, que também elas devem construir as suas ferramentas, as suas máquinas.
(continua)

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