O veto sino-russo ao pedido de sanções anglo-americano nas Nações Unidas constitui, sem dúvida, uma importante vitória para o regime de Robert Mugabe. Mas constitui, também, um indicador crescentemente claro da redefinição geo-estratégica dos interesses estrangeiros em África.
Forte do veto - veto que é, afinal, uma caução política -, forte do apoio da União Africana e da SADC no que concerne ao embargo das sanções e ao incentivo às negociações internas (aqui, apoio completo à fórmula maquiavélica do “governo de unidade nacional”, que autoriza, doravante, todo o tipo de arranjos convenientes contra o voto popular) o regime militarizado de Mugabe deverá passar agora a uma ofensiva política interna mais intensa, procurando manietar a oposição do MDC, seja directamente, seja através do grupo minoritário e dissidente do MDC de Arthur Mutambara. Isto deverá incluir, entre outras acções, a intensificação da violência e, especialmente, por essa via, a tentativa de restringir drasticamente o peso do MDC no parlamento e a sua capacidade para alterar o status quo e, por essa via, qualquer tentativa para atingir os interesses financeiros da elite da ZANU-PF.
Por outro lado, os interesses financeiros e comerciais dos Chineses e dos Russos (estes últimos preparam-se para investir no Zimbabwe), designadamente nos minerais (o Zimbabwe é rico em ouro, platina, diamantes e carvão) e nas florestas, formam agora, ao mesmo tempo, uma muralha diplomática para o regime de Mugabe e uma alternativa no financiamento público e privado, em sintonia underground - a história costuma ser preversa - com os interesses de grupos financeiros britânicos poderosos como o Standard Chartered Bank, o Barclays Bank, o BAT e a Anglo-American.
Forte do veto - veto que é, afinal, uma caução política -, forte do apoio da União Africana e da SADC no que concerne ao embargo das sanções e ao incentivo às negociações internas (aqui, apoio completo à fórmula maquiavélica do “governo de unidade nacional”, que autoriza, doravante, todo o tipo de arranjos convenientes contra o voto popular) o regime militarizado de Mugabe deverá passar agora a uma ofensiva política interna mais intensa, procurando manietar a oposição do MDC, seja directamente, seja através do grupo minoritário e dissidente do MDC de Arthur Mutambara. Isto deverá incluir, entre outras acções, a intensificação da violência e, especialmente, por essa via, a tentativa de restringir drasticamente o peso do MDC no parlamento e a sua capacidade para alterar o status quo e, por essa via, qualquer tentativa para atingir os interesses financeiros da elite da ZANU-PF.
Por outro lado, os interesses financeiros e comerciais dos Chineses e dos Russos (estes últimos preparam-se para investir no Zimbabwe), designadamente nos minerais (o Zimbabwe é rico em ouro, platina, diamantes e carvão) e nas florestas, formam agora, ao mesmo tempo, uma muralha diplomática para o regime de Mugabe e uma alternativa no financiamento público e privado, em sintonia underground - a história costuma ser preversa - com os interesses de grupos financeiros britânicos poderosos como o Standard Chartered Bank, o Barclays Bank, o BAT e a Anglo-American.
4 comentários:
tomei a libertar de linkar, juntando-lhe a inevitável bílis.
mas que fazer??? petições? posts? passeatas? isso tudo e mais que nos lembremos desde que não hajam silêncios, criminosos de cumplicidade.
acredito que o "barulho de fundo" incomode o suficiente para nem todos poderem dormir o tal 'sono dos justos', pois literalmente não o merecem
A procissão ainda vai no adro, Carlos...
Os apóstolos de Chiwenga andam felizes com este veto, pois claro.
Que apostolice a sua, Sara...
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