30 julho 2008

O que fazer a ladrões e feiticeiros: representações de alunos de Inhambane



Prosseguimos, ao nível da Unidade de Diagnóstico Social (UDS) do Centro de Estudos Africanos, o nosso trabalho de pesquisa da relação entre acusações de feitiçaria e linchamentos em zona rural. Uma das das coisas que temos feito é pedir aos alunos de escolas primárias que respondam a perguntas como estas: O que se deve fazer a um ladrão? O que se deve fazer a um feiticeiro? E quem é mais feiticeiro: o homem ou a mulher? Essas perguntas foram colocadas, por exemplo, a alunos de Inhambane e Homoíne. As respostas constantes nas imagens apresentam um padrão generalizado e, no caso da terceira pergunta, mesmo entre as raparigas. Clique duas vezes com o lado esquerdo do rato sobre as imagens para as ampliar. Entretanto, leia ou recorde aqui.
Nota: naturalmente que chegará um momento em que e e os meus colegas da UDS daremos a conhecer os resultados da pesquisa.

3 comentários:

Xiluva/SARA disse...

É assim que educamos as crianças? E o que se ensina nas escolas????

Anónimo disse...

Caro Professor,

As respostas são tristes realidades que reflectem o fracasso total da educação e formação naquelas escolas primárias e nas respectivas famílias bem como o clima social latente na sociedade moçambicana. Muitos pais obviamente não dedicam se suficientemente ao formação e desenvolvimento dos seus filhos. Do fenómeno de fantasias de violência infantil até a real violência juvenil e a violência doméstica são só poucos passos. Por isso este estudo não só deve ocupar se com as percepções infantis de feitiçaria e linchamentos, mas também sobre medidas e métodos eficazes (conteúdos escolares, diálogo e reflexão entre pais, filhos e escolas) para lidar com aquela triste situação.
Um abraço
Oxalá

Carlos Serra disse...

O grande problema é que, regra geral, não discutimos problemas "culturais"...