Daqui a algumas horas haverá um novo ano no calendário gregoriano. Mas não é isso que importa agora, não é o modelo, não é a regra, mas a alma, a alma por inteiro. O que importa é a imperiosa necessidade que os humanos, não importa quando, não importa onde, não importa como, têm matar o velho para fazer nascer o novo, de matar o medo para fazer nascer a esperança. Milenar ritual, infinita catarse, fé sem perímetro. Nada dessa metamorfose ciclicamente recomeçada se faz sem intemperança. É necessário o excesso, a subversão dos hábitos, o assassinato do habitual. Por isso se come e se bebe e se dança e se ama e se inventa para além da medida. Nada disso é anormal. Então, sejam a diferença, o inusitado, a vertigem, a juventude dos sonhos. Para todas e todos vós, habitada pela saúde, boa entrada no 2015, seja qual for o vosso fuso horário.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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