16 outubro 2013

Luta política: a Pasárgada da Renamo (19)

Décimo nono número da série, sempre trabalhando com hipóteses. Do sumário proposto aqui, permaneço no subponto 3.1. proposto aqui3.1. Renamo, elite decisória e base eleitoral: os problemas da escassez de recursos de poder. Deixei no número anterior a seguinte pergunta: está o partido capaz de assegurar uma distribuição de recursos de poder nos seus mais variados anseios e níveis? A resposta é esta: formalmente, a Renamo não está capaz de fazer isso, não gere o Estado, não participará nas autárquicas. Para já, a sua elite dirigente deverá fazer face à insatisfação dos membros que sonhavam com cargos nas presidências e nas assembleias municipais. Por outro lado, deverá também fazer face à incompreensão da sua base eleitoral, que certamente aguardava por dias melhores. O que resta fazer? Resgatar politicamente a história, dar-lhe o sentido irremediável de uma missão salvacionista. O que pretendo dizer com tão enigmáticas expressões? Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

nachingweya disse...

Infelizmente a vida humana é finita e alguns homens morrem com a sua obra. Será o caso de Afonso Marceta Dhlakhama cujo eterno descanso coincidirá com a morte da Renamo por defeito de mecanismos de sucessão. O que quer dizer que os seus eleitores estarão orfãos de causa e livres também dos compromissos de Roma. Se prevalecer a atitude exclusora da Frelimo os condenados da terra abraçarão de novo uma causa libertadora e, sob, nova liderança, haverá determinantes sublevações e outras convulsões sociais.
Porque o homem não foi desenhado para ser oprimido por nenhum semelhante.