30 setembro 2010

Sinta

Estado: risco de perda de legitimidade

A propósito do diploma que aprova o registo obrigatório de cartões SIM nas nossas duas provedoras, Mcel e Vodacon, há indicadores de várias coisas, designadamente:
1. Enchentes na lojas das provedoras
2. Protestos e inquietações
Sinto que tudo está a andar muito depressa nas exigências e que o Estado poderá pagar uma factura ainda mais gravosa de perda de legitimidade se prosseguir na aventura da corrida contra o tempo, se insistir em que tudo deve ser feito já e sem diálogo.

"Diário da Zambézia" depois da meia-noite local

Ricos/pobres: recordando o sheik Aminuddin Mohamad

Recordando o que o sheikh Aminuddin Mohamad escreveu um dia num jornal, citado por mim a 19 de Novembro do ano passado: "A brecha entre ricos e pobres está a aumentar de forma assustadora na nossa terra. De socialistas passamos a capitalistas, ultrapassando os limites da decência, pois há muito que atingimos o capitalismo selvagem. É só ver em Maputo, as mansões e casas luxuosas no Bairro Triunfo, na Sommerschield, na Costa do Sol, no Belo Horizonte, etc., comparados com os bairros de lata/caniço em Magoanine, Kongolote, Xikhelene, Xiphamanine, Hlamankulo, etc., ou a miséria em que se vive nas vilas do interior do país. Gente que milita na indigência, vasculhando contentores de lixo à procura de algo com que matar a fome, pois a sua situação é tão miserável que não tem um tostão que seja para comprar comida."

Domingo: presidenciais brasileiras

Aqui e aqui. No que me concerne, sou adepto de Marina, no lado direito deste diário está há muito um espaço dela, aqui.

Octavio Ianni: Estado+Capital=expansão do Executivo em detrimento do Legislativo

Abrindo um seu comentário ao texto do CIP (4) (mais abaixo), a leitora brasileira Lidi (imagem à esquerda) cita o falecido sociólogo brasileiro Octavio Ianni: "O forte comprometimento do Estado com o capital implica a expansão do Poder Executivo, em detrimento do Legislativo. Em um país de tradição política autoritária, no qual predominam o pensamento e a prática que privilegiam a missão "civilizatória" do Estado na sociedade, o alargamento do poder econômico do Estado implica a expansão do Executivo; implica o alargamento do poder político e cultural do Executivo. Tanto assim que o Estado se transforma em um poderoso agente da indústria cultural, por suas implicações não só econômicas, mas também políticas e culturais. [...] À medida que se alarga o poder estatal, redefine-se e modifica-se a relação do Estado com a sociedade, compreendendo as diversidades e as desigualdades sociais, econômicas e outras. Na prática, dissocia-se o poder estatal de amplos setores da sociedade civil. Operários, camponeses, empregados, funcionários e outros, compreendendo negros, mulatos, índios, caboclos, imigrantes e outros, sentem-se deslocados, não representados, alienados do poder. - IANNI, Octávio. Estado e capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 259-60. Prossiga a leitura aqui.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: A "hora do fecho" no "Savana"
* Séries pessoais: Política enquanto produção de ideologia (4); Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (20); No lugar deles, o que faríamos? (5); Quatro pontos sobre as manifestações (7); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Os Moçambicanos são preguiçosos? (13); O pronto-a-pensar (13); Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (12); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

CIP (4)

Para ampliar a imagem clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Inquérito aqui. Textos anteriores do CIP aqui, aqui e aqui.

Os Moçambicanos são preguiçosos? (13)

Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (19)

-"Do rio que tudo arrasta se diz violento, porém ninguém diz violentas as margens que o comprimem" (Bertolt Brecht).
-"Esta cintura compacta, composta por casas pequenas e frágeis, feitas de caniço, madeira e zinco e, ultimamente (depois da independência), de cimento, quase que não tem quintais, ruas, água e luz em todo o sítio (...) Nestes subúrbios não se vive, sobrevive-se. Eles estão apinhados de gente: os suburbanos." (carta de um leitor do “Notícias” publicada a 25/09/2010 com o título “A cidade e o mega-subúrbio de Maputo”)
-"Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam directamente, legadas e transmitidas pelo passado" (Karl Marx, in 18 de Brumário)
Avançando na série.
Sugeridas algumas das características da revolta, é agora chegado o momento de entrar no penúltimo ponto desta série, o ponto 4 (Possíveis causas), no qual - com a complacência dos leitores - vou, com alguma extensão, considerar os seguintes subpontos, ampliando a esfera analítica:
4.1. A luta das causas
4.2. Emissão de representações e de causas a cargo do centro; o pronto-a-pensar
4.3. Subalternização das representações e das causas emitidas pelos manifestantes das periferias
4.4. Acentuada politização da causalidade
4.5. Proposta de corpo analítico:
  4.5.1. Lógicas (para além do visível e da descrição)
  4.5.2. Consciência imediata e consciência social
  4.5.3. Produção do sentido dos actos e dos fenómenos
  4.5.4. Recursos de poder
  4.5.5. Significado de causa e de hipótese
  4.5.6. Pergunta, problemática e hipótese
4.6. Causalidade histórica, causalidade sistémico-dialéctica, detonador causal e produção de sentido (o social ao mesmo tempo enquanto estruturação, acção transformadora e produção permanente de sentido)
4.7. Possíveis causas do peso manifestacional em Maputo e Matola
4.8. Regresso aos leões de Muidumbe (foto reproduzida daqui)
(continua)

CManhã

A propósito do diploma que aprova o registo obrigatório de cartões SIM:
"Correio da manhã" aqui
Adenda às 8:24: se a medida poderá representar um bem maior controlo político das pessoas, não deixará de representar, também, uma amputação do raio de acção daqueles que usam o celular de forma criminosa. Seria desejável que os órgãos de informação dessem conta das representações feitas por aqueles que estão a registar os seus cartões.

Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (19)

Eis uma explicação rápida e simples do que se terá passado nas manifestações deste mês: "No início deste mês, a subida do preço do pão em Moçambique causou motins, que mataram 13 pessoas e feriram outras 400." Procurar a (s) causa (s) de um fenómeno corresponde a uma preocupação legítima e por isso gera muitas manifestações analíticas. Mas foi o preço do pão, na verdade, a causa final das manifestações, foi esse preço uma espécie de leão de Muidumbe? Mais ainda: o enorme fervor posto na procura das causas tem apenas a ver com uma preocupação meramente científica ou informativa? Sobre a apaixonada e apaixonante luta das causas e de sua (s) eventual) (ais) causa (s) e de outras coisas mais, aguarde a continuidade da série com o título em epígrafe.

Ponto de situação

Questionário ontem aberto, lado direito deste diário, aqui

Segundo MF

"Mediafax" aqui

Maputo, grupos sociais e calçado (7)

Edição de hoje

Quatro pontos sobre as manifestações (7)

O término desta curta série.
Escrevi no último número que era muito raro termos uma concepção processual de crise, de um condensado de factores que, em trajectória permanente, pode assumir esta ou aquela manifestação, esta ou aquela maneira de ser, em processo permanente de bifurcação, podendo gerar esta ou aquela consequência. Afirmei que a esse condensado, em movimento mas invisível no geral, dávamos, explicita ou implicitamente, o nome de normalidade.
A anormalidade, essa estava e está associada a algo imediato, intempestivo, a algo ocorrido subitamente. À repentinidade chamamos anormalidade.
Creio que essa é uma razão imperativa para compreendermos a importância que demos e damos à violência em si das manifestações de 1/3 deste mês, à formulação do caos como algo gerado em si num momento muito preciso. Por outras palavras, pomos de lado o conjunto de violências diárias, cumulativas, normais, de todo um processo multidimensional que, um dia, desemboca no que consideramos ser a violência primordial, a violência única.
(fim)

29 setembro 2010

A mão da noiva

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Política enquanto produção de ideologia (4); Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (19); No lugar deles, o que faríamos? (5); Quatro pontos sobre as manifestações (7); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Os Moçambicanos são preguiçosos? (13); O pronto-a-pensar (13); Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (12); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Novo questionário

Lado direito deste diário, aqui

Trabalho com base na obra de Michel Foucault


Trabalho feito numa Cadeira de Sociologia Jurídica no Brasil, com o seguinte tema: "Vigilância e punição na sociedade actual - Uma análise da obra de Michel Foucault e sua correlação com a realidade em que vivemos".

Azagaia analisa dois slogans políticos

O rapper e redactor publicitário Azagaia (Edson da Luz de seu nome) analisa dois slogans políticos, aqui. 

O que as indigna

Antropólogo Paulo Granjo sobre as pessoas que se manifestaram: "O que as indigna (e contra que protestaram) não é apenas a decisão política de aumentar preços que põem a sua subsistência em risco; é uma forma de exercício do poder em que, sentem, foram abandonadas e não têm como ser ouvidas; é o que consideram ser uma quebra do dever básico de quem governa: o de, independentemente de tirar proveito da sua posição, garantir aos governados um mínimo básico de bem-estar e condições de subsistência. Tenho podido confirmar que assim é – estejam as pessoas a ser justas ou injustas nesta apreciação que fazem das elites políticas. Mas, assim sendo, o evitamento de novos Setembros e Fevereiros não se pode reduzir à tomada de medidas económicas." Aqui.

A descoberta da pobreza urbana

E, de repente, de forma concentrada, espasmódica, como parece que foram as manifestações populares de 1/3 do corrente mês, de repente descobre-se que há pobreza urbana (em todos os seus sentidos), que há, até, mais pobreza urbana do que se pensava. Antes das manifestações, o silêncio sobre isso era ruidoso. De repente, como num sismo cognitivo, o espanto genuíno nuns casos, o espanto falso noutros. De repente, surgem manifestos de luta contra a pobreza, urgências missionárias, toques de alerta, de repente descobre-se que se vive mal nas periferias urbanas. Como escreveu um dia o bom Marx, a história repete-se duas vezes: uma como tragédia, outra como farsa.

A conferir

DZ

"Diário da Zambézia" aqui

Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (18)

"Do rio que tudo arrasta se diz violento, porém ninguém diz violentas as margens que o comprimem" (Bertolt Brecht).
"Esta cintura compacta, composta por casas pequenas e frágeis, feitas de caniço, madeira e zinco e, ultimamente (depois da independência), de cimento, quase que não tem quintais, ruas, água e luz em todo o sítio (...) Nestes subúrbios não se vive, sobrevive-se. Eles estão apinhados de gente: os suburbanos." (carta de um leitor do “Notícias” publicada a 25/09/2010 com o título “A cidade e o mega-subúrbio de Maputo”)
Avanço na série e nas hipóteses, continuando com a apresentação de algumas das características da revolta de 1/3 deste mês:
10. Ataque a estabelecimentos comerciais de estrangeiros. Dezenas de estabelecimentos comerciais (designadamente contentores) de estrangeiros africanos foram atacados e saqueados. Uma parte significativa do comércio a retalho (e mesmo a grosso) nos subúrbios está a cargo de Nigerianos ou - termo usado genericamente - "Burundeses". O saque assentou em comida e bebida, tendo a roupa sido aparentemente poupada. Entretanto, há indicadores de que parte do saque foi devolvida pelos saqueadores por temerem represálias mágicas dos lesados. Finalmente, acrescentar que importa pesquisar sobre se o ataque teve uma natureza xenófoba imediata (foto reproduzida daqui).
Prossigo proximamente.
(continua)
Observação: sobre os estrangeiros acima mencionados, sugiro leia o meu recente livro com o título A construção social do Outro.
Adenda às 7:34: sugiro a leitura de um texto do antropólogo Paulo Granjo sobre o fenómeno acima reportado, aqui.

Questionários encerrados

Os dois questionários com imagens em epígrafe foram encerrados e retirados do lado direito deste diário, mas podem ainda ser consultados aqui e aqui.

28 setembro 2010

Diário de um fotógrafo

A questão do António Zefanias do DZ

DZ

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Política enquanto produção de ideologia (4); Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (18); No lugar deles, o que faríamos? (5); Quatro pontos sobre as manifestações (7); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Os Moçambicanos são preguiçosos? (13); O pronto-a-pensar (13); Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (12); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

CIP (3)


De um comunicado do CIP: "No espaço recorde de duas semanas, o Governo, através do Ministério dos Transportes e Comunicações aprovou o diploma em epigrafe, numa reacção musculada na sequência das revoltas de 1 e 2 de Setembro. O diploma foi aprovado sem consulta publica nem consulta restrita aos actores relevantes no processo de elaboração legislativa. Há indicações segundo as quais os operadores de telefonia móveis também não foram consultados. O Director do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique, Américo Muchanga, disse hoje numa entrevista televisiva que o diploma já estava previsto numa estratégia de comunicações aprovada pelo Governo em 2006. Nalguns meios entendidos comenta-se que o novo diploma vai dar muito que falar. O CIP sabe que na África do Sul levou-se um ano a discutir uma lei similar. No nosso pais, há vários meses que estava a ser preparada uma lei que obrigasse ao registo de utilizadores de SIM pré-pago, mas o racional era a sua relevância no quadro das transações financeiras e não no quadro de qualquer intenção de repressão da liberdade de expressão potencialmente contestaria das desigualdades sociais."
Diploma no Boletim da República, aqui

CIP (2)

Documentos aqui, aqui e aqui.Free Translation
(continua)

CIP (1)

No número seguinte serão dados a conhecer três documentos.
(continua)

CManhã

"Correio da manhã", aqui

Magid Osman

CM

“Canal de Moçambique” aqui
Adenda às 9:31: economista Castel-Branco ao Canal de Moçambique": "Alguns se admiram que tenha havido aquela revolta, se há crescimento económico”. As manifestações aconteceram porqueo crescimento económico não serve o interesse das pessoas e estas pessoas não vão dizer que eu como o crescimento económico, eu visto o crescimento, eu durmo o crescimento económico”, rematou." 

Novo questionário

Encontra-se no lado direito deste diário um novo questionário com o título “Causas das manifestações de Setembro em Maputo e Matola”, aqui. Os questionários encerrados com os títulos “Desmaios de estudantes da Escola Quisse Mavota em Maputo” (77 votos) e "Mandatos presidenciais" (417 votos) manter-se-ão por mais algum tempo, após o que serão retirados.

Maputo, grupos sociais e calçado (5)

Aspirinos e acções-aspirina

O mundo está cheio de aspirinos, de produtores de acções-aspirina. O que são acções-aspirina? Nas palavras de Paulo Freire, são aquelas acções “cujo pressuposto fundamental é a ilusão de que é possível transformar o coração dos homens e das mulheres deixando intactas as estruturas sociais dentro das quais o coração não pode ter “saúde" - INODEP, El message de Paulo Freire y práctica de la libéración. Madrid: Marsiega [1973?], p.131.

MF

"Mediafax" aqui

No lugar deles, o que faríamos? (4)

Mais um pouco da série.
Então, traduzir o outro, converter o outro ao que entendemos serem os nossos princípios, as nossas categorias, a nossa forma de ser, a nossa moral, os nossos costumes, a nossa ética, a nossa cultura enfim - essa parece ser a regra cognitiva de todos nós, mesmo quando julgamos estar acima do comum dos mortais e do senso-comum.
Fagocitar (para usar um termo em mim corrente) outrem parece ser a nossa habitual maneira de recusar a diferença em favor do uno, do nosso uno.
(continua)

O pronto-a-pensar (12)

O penúltimo número desta já longa série.
Escrevi anteriormente que na lógica sensorial do nosso pensamento e da nossa comunicação de todos-os-dias, estão social e persistentemente hospedados quatro fenómenos: simplismo, essencialismo, maniqueísmo e a-historicismo.
Passo, agora, ao a-historicismo.
Parente do essencialismo, o a-historicismo consiste no despojamento daquilo que é mutação e variabilidade nos fenómenos. Retirados da história, os fenómenos são como que mumificados em categorias iremediáveis, em categorias imutáveis. Arredado o infinitivo (ele está a ser), o presente do indicativo é o utensílio por excelência da a-historicização: ele é, eles são, vois sois, etc.
(continua)

27 setembro 2010

Algures em Maputo às 18:30 de 26/09/2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Política enquanto produção de ideologia (4); Causas e características das manifestações em Maputo e Matola (18); No lugar deles, o que faríamos? (4); Quatro pontos sobre as manifestações (7); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Os Moçambicanos são preguiçosos? (13); O pronto-a-pensar (12); Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (12); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)