A mecânica da dominação tem duas componentes: o impulso e o aguilhão. O impulso é a ordem dada; o aguilhão é o efeito da ordem guardado no inconsciente do dominado (ideia de Elias Canetti)
Mais um pouco da série.
Deixei no número nove estas duas perguntas: 1. A independência nacional representou também a independência social? 2. A independência nacional representou também o corte com a condição colonial de produtores de matérias-primas?
A segunda parte da resposta à primeira questão: a independência social está muito longe de ser obtida. Somos uma sociedade capitalista com um elevado grau de desigualdades sociais, com uma fractura social que se aprofunda e que se procura esconder com um vigoroso discurso nacionalista, populista e milenarista. A medula das relações sociais anteriores não foi alterada, seja ao nível das relações de produção, seja ao nível do discurso oficial que interpreta essas relações.
(continua)
1 comentário:
Estamos a caminho.
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