Mais um pouco desta série.
Escrevi, no número anterior, que herdámos, sem ressaibos, a concepção hegeliano-colonial, a de que somos fundamentalmente natureza. Então, como que numa exemplar consequência, amamos hoje a identidade bazar, amamos expor - para aluger, para exploração externa - o que temos de natural, de primordial, dos camarões às praias e aos minerais. Somos, afinal, "espírito", somos portadores da "imensa energia do arbítrio natural", para usar as palavras de Hegel*.
(continua)
* Hegel, G.W.F., La razon en historia. Madrid: SeminariosyEdiciones, 1972, p. 291.
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