Mais um pouco da série.
Recordo os quatro pontos aqui em análise a propósito das manifestações populares: 1. Poder mobilizador dos celulares e dos sms; 2. Dessocialização e criminalização dos manifestantes; 3. Outorga das manifestações a desígnios obscuros e externos; 4. Concepção do anormal e da crise como coisas imediatas e não em processo.
Vamos ao quarto ponto. Na verdade, a nossa concepção de crise tem surgido sistematicamente associada a algo imediato, intempestivo, a algo ocorrido de repente, a algo que tem a ver com causas próximas. É a repentinidade que classificamos como anormal.
Recordo os quatro pontos aqui em análise a propósito das manifestações populares: 1. Poder mobilizador dos celulares e dos sms; 2. Dessocialização e criminalização dos manifestantes; 3. Outorga das manifestações a desígnios obscuros e externos; 4. Concepção do anormal e da crise como coisas imediatas e não em processo.
Vamos ao quarto ponto. Na verdade, a nossa concepção de crise tem surgido sistematicamente associada a algo imediato, intempestivo, a algo ocorrido de repente, a algo que tem a ver com causas próximas. É a repentinidade que classificamos como anormal.
É muio raro estarmos frente a uma concepção processual de crise, a um condensado de factores que, em trajectória permanente, vai assumindo esta ou aquela manifestação, esta ou aquela maneira de ser, em processo permanente de bifurcação, podendo gerar esta ou aquela consequência. A esse condensado, em movimento mas invisível no geral, damos, explicita ou implicitamente, o nome de normalidade.
(continua)
1 comentário:
E talvez para o nosso caso como "donor's paradox", temos uma normalidade totalmente anormal.
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