01 agosto 2010

Dominação e direcção: luta política na Beira (5)

Mais um pouco desta série.
Recordei-vos, no número anterior, que em 2008 o executivo do edil Deviz Simango (da então - mas hoje extinta - coligação Renamo/União Eleitoral) distribuiu ambulâncias e balneários públicos nos bairros periféricos da Beira. No mesmo ano, reportou o "Notícias" que "O partido Frelimo doou (...) 60 “kits” contendo material didáctico para igual número de crianças órfãs e vulneráveis na cidade da Beira. Constituídos por cadernos, lápis de cores, réguas e outros, os “kits”, segundo Luís Manhoca, primeiro-secretário do Comité de Círculo da Maraza, visa minimizar o sofrimento dos responsáveis pela Educação destes petizes, que neste momento em que as aulas vão arrancar se sentem pressionados. O donativo é fruto da contribuição dos militantes do partido no poder nesta região do país." Aqui.
(continua)

3 comentários:

Abdul Karim disse...

Ja se cantou o fado,

Hoje 'e dia 01 de agosto, este mes no dia 30, todos empregados tem que ter salario, depois vamos aos desempregados, temos que gerar solucoes pra sobrevivencia nosso do exercito.

Vamos a isso, ha muito pra construir, maos ao trabalho.

ricardo disse...

Ervas ruins tem vida longa...

A pedagogia da "mao estendida" a ser permanentemente ensinada a populacao. Nao importa se governo, ou oposicao.

E depois queixam-se que nao conseguem vencer a pobreza, porque acima de tudo, a problema do pobre e a sua "pobreza mental"!

Assim como tambem o fizeram a duas decadas atras com a politica dos "donativos e campos de refugiados" financiados pela Europa, EUA e Japao, criando na mentalidade do ze-povinho a ideia de que SO o branco e quem doa, porque e rico.

Tao profundo e este sentimento popular, que mesmo os mocambicanos brancos sao literalmente "emboscados" nos semaforos por pedintes que o fazem selectivamente pelo criterio da sua epiderme.

Ja para nao falar do mercado do peixe, onde a historia e a mesma, mas contada de tras para a frente.

Mais valia que estes lideres se preocupassem em eliminar as causas dos motivos que os levam a fazer a doacoes, do que a criar falsas expectativas para quem nada tem, senao uma profunda ignorancia da realidade do mundo em que vivemos.

Dixit

Reflectindo disse...

Continuo concordando com o Nelson assim como com o Prof Serra. As ofertas do CMCB e da Frelimo tinham que ser e foram destinados aos marginazados de sempre.
Muitas vezes uma pequena oferta a um pobre, num bairro onde até para passar de bicicleta é difícil pensamos que é inútil. Mas nunca vamos ver os benefícios da populacão que vive nos centros das cidades.

Geralmente uma competicão política, numa sociedade democrática beneficia ao povo.