Teremos, então, uma Assembleia da República com a Renamo gerindo a inércia interventiva, um novel MDM procurando ganhar audiência pública e uma Frelimo formalmente calma com a maioria absoluta.
Mas compliquemos o cenário.
Atenta estará a bancada fiscalizadora à distância dos doadores. Não é crível que Renamo e MDM por agora se aliem, mas também não é crível que a Frelimo possa absolutamente ditar as regras do jogo. Por hipótese, a Frelimo tentará evitar a aliança dos dois rivais, aliança que pode reforçar a pressão estratégica da bancada doadora. Mas Renamo e MDM conhecem a pressão dos doadores e podem futuramente ensaiar uma aliança táctica. Os dois são, de algum modo, reféns da Frelimo, mas esta é, de algum modo, refém dos doadores. Tenho a tentação de, a esse respeito, pensar na complexidade do dilema do prisioneiro na teoria dos jogos.
(fim)
8 comentários:
Teremos uma AR com a Frelimo, a Renamo e os Doadores (representados pelo MDM) tal como diz o professor Serra.
Não sei se uma aliança Renamo e Mdm favorece ainda mais ou menos os doadores. É que esta aliança ainda tem um número de votos inferior ao que toda a oposição moçambicana tinha na legislatura anterior, ou seja, será uma aliança que não reforça o campo de manobra da oposição parlamentar Moçambicana .
ademais uma aliança significaria aquele grupo (MDM) voltar a Renamo depois de uma saída, as mesmas pessoas
É provavel que a Frelimo nao interesse uma aliança no seio da oposição, mas não vejo razão para se forçar para que tal aconteceça, porque se os doadores conseguem forçar a aliança Renamo Mdm, nada estarão a fazer do que reconhecer dhlakama como o verdadeiro líder da oposição Moçambicana, enfraquecendo assim o papel de Daviz Simango.
De facto a teoria dos jogos funciona muito bem neste caso, mas a grande particularidade é que a Frelimo, para qualquer das alternativas, continua um jogador indiferente, porque as suas cartadas no baralho não dependem das cartadas dos seus adversários.
Vamos tentar "humildizar" a frelimo,
Sabemos que nos "retumbaram"... mas nao podem ser "arrogantes"... depois existem sempre pessoas que nao gostam...de "abusos".
Depois eu tambem preciso de isencao fiscal e predio pott.... vida esta dificil... tem que ficar na bicha... e ainda tem as 100.000 casas dos jovens....
Muitos problemas... pra resolver em 2010.
Nao 'e ?
Para comeco, o cenario apresenta-se assim. Depende somente da Oposicao determinar a futura disposicao das pedras em jogo.
Mas com ideias proprias. E nao a reboque do "mano mais velho", numa eterna e doentia relacao parasita-hospedeiro.
Pessoalmente não veijo algum mal a aliança entre MDM e Renamo, caso a leis em debate tenha os interesses do Povo acima dos interesses partidários.
Vamos pensar na parte positiva.
Política como uma ciencia e acção, não em jogos para agradar a este ou aquele.
Se for em benefício do Povo? porque não?
A vitória retumbante da frelimo foi conquistada sem dignidade; isso não interessa!!
O Povo, nós, e todos sabemos disso, estivemos no terreno e conhecemos os malabarismo da frelimo.
A exclusão dos partidos, em especial do MDM, mostrou que não estavam a vontade.
Importante a revisão da Lei Eleitoral com todos olhos postos nos malabaristas!
E eu a pensar que o jogo era xadrez...
complicado ...Estar num jogo sem saber qual 'e o jogo...
O baralho esta com a frelimo...?
Vamos esperar eles darem cartas entao.
A frelimo está "condenada" a ficar no poder mais algumas legislatura.
Juíz - a "oposição" lida, visível, na blogosfera.
"Pensa comigo".
Fontes de Nampula indicam que Cornélio Quivela lidera uma nova formação política Moçambicana, o Partido Humanitário de Moçambique, PAHUMO, de ideologia centro-direita, apresenta-se publicamente hoje, na cidade de Nampula
Consta que é um partido fundado por um grupo de políticos que até as eleições presidenciais e legislativas e das assembleias provinciais de 28 de Outubro último militavam na Renamo, no Movimento Democrático de Moçambique, MDM, e Partido para a Paz e Democracia (PDD), na oposição.
Será uma estratégia de força ou de fracasso ?
Partidos formados com leasing bancário. E com prémios de seguro chorudos...
Há muitas maneiras de se drenar o OGE para alguns cofres habituais. Nem que seja em "chant" com partidos de fachada.
Fraude fiscal descarada.
A propósito, cadê o partido-fundação do sr. Macassa Toléis?
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