04 abril 2010

Teoria das elites e perpetuação no governo


A conferir aqui.

10 comentários:

TORRES disse...

Para o caso de Mocambique, eu propunha que o partdo que quer propor uma mudanca na constituicao deve inscrever isso no seu manifesto eleitoral, para que os votantes saibam claramente que partido X vai querer mudar a constituicao nestes e naqueles termos. Ficar claro, logo a partida.
Porque de contrario, fica esse escandalo que a Frelimo agora pretende brindar ao povo. Mudar a lei para servir interesses de 05 familias.
Em que e que a Constituicao esta ultrapassada,se nem passam tantos anos assim desde que foi aprovada?
Que aspectos de FUNDO mudaram em Mocambique?
Sera que mudando a Constituicao a pobreza vai ser "debelada" como dizem? Podem demonstratar isso claramente? Em quantas percentagens a pobreza vai diminuir, como resultado da mudanca da lei-mae?

Carlos Mendes Craveira disse...

Nos últimos dias têm sido veiculados muitos argumentos a favor da perpectuação, no poder, do actual Presidente da República. Eu tenho me posicionado contra.
Um dos argumentos a favor de um terceiro mandato é que 10 anos são poucos. A questão é que não se sabe se a Constituição da República será alterada para conferir ao candidato a PR a possibilidade de concorrer, apenas, 3 vezes, ou será aberta para que se candidate tantas vezes quantas quiser, ou então será adoptado o modelo Angolano, em que o Presidente da República é o cabeça de lista do partido vencedor. Discordo claramente com o argumento de que 10 anos são poucos, tanto mais que o actual PR está no poder desde 1975, tendo assumido vários cargos.
Posto isso, fica evidente que ele já deu o que tinha a dar, e que mesmo fora da Presidência, poderá ser útil ao país de alguma forma. Ou não?
Outro argumento é que em África os chefes são encarados como vitalícios. Discordo com esse argumento porque existe, nesta mesma África, países com democracias dinâmicas e com mudanças na Presidência da República: Botswana, África do Sul, Malawi, Ghana, e muitos outros. Creio que estes não são menos africanos que nós.
Um terceiro argumento, sujectivissimo, é que o povo gosta muito do actual PR, a avaliar pelas últimas eleições. Ora, estas eleições tiveram uma participação fraca de eleitores. Foram das mais polêmicas e com fraudes comprovadas. Aos restantes partidos não lhes foi facultada a possibilidade de concorrerem. Assim, não há condições para se afirmar que o povo gosta do actual PR. De resto, eleições não se destinam a aferir gostos por pessoas ou partidos.
Por fim, sugeria ao caro Professor que, no seu habitual esforço para ensinar e educar os leitores do seu blogue, e por esta via, muitos cidadãos, abrisse um inquérito para eferir a sensibilidade relativamente a pertinência da revisão constitucional.

V. Dias disse...

"Outro argumento é que em África os chefes são encarados como vitalícios. Discordo com esse argumento porque existe, nesta mesma África, países com democracias dinâmicas e com mudanças na Presidência da República: Botswana, África do Sul, Malawi, Ghana, e muitos outros. Creio que estes não são menos africanos que nós."

E os reis e rainhas, que legitimidade têm em relação a outros povos ou pessoas do mesmo país?

Possuem direitos à nascença que se arrastam a toda à família que mais ninguém pode ter. Está certo isso? O que é que um rei ou rainha tem que um cidadão normal, como os reis, aliás, não tem? Meia volta diz-se, ainda assim, que os dirigentes africanos são eternos.E não me venham dizer que não tem poder nenhum, se não tivesse, que deixássem o trono para um cidadão como Reflectindo, Ricardo, umBhalane ou mesmo eu? Ah!!!!

Zicomo

ricardo disse...

Sr. Viriato Dias...

Voce tem um elevado deficit de memorizacao do que os outros lhe dizem. A questao dos reis esta sendo revisitada novamente por si, depois de lhe ter sido repetidas vezes explicado que o papel dos reis na democracias e essencialmente o mesmo que e reservado a um fiel de balanca. Portanto, e um orgao conciliador e desbloqueador de conflitos, assim como o Vaticano o e, ou o Califado de Bagdad o foi.

O tempo das monarquias absolutistas na Europa desapareceu com a I Guerra Mundial. Todos que se lhe seguiram eram uma caricatura e nao intencao.

Estabelecer comparacao entre isto e uma situacao de distorcao do conceito democratico, enquanto regime politico e tao incorrecto, quanto seria comparar um peixe com uma ave maritima, pelo facto de ambos partilharem o mesmo habitat.

Agora, se voce defende que em Africa deveremos referendar a criacao de Monarquias nos nossos paises, isso e outra coisa. Mas chamemos as coisas pelos seus proprios nomes!

V. Dias disse...

"Um fiel de balanca. Portanto, e um orgao conciliador e desbloqueador de conflitos, assim como o Vaticano o e, ou o Califado de Bagdad o foi." Isto é refúgio.

1. Amigo, conheço três a quatro países com reinados e não vejo neles, os reis ou rainhas, como reconcialiadores(as) de nada. Nada. Pelo contrário, são os privilegiados à nascença, algo que qualquer um não pode ser ou ter.

2. Memória curta deve ter o chamuale Ricardo que não se lembra de que foi a Rainha da Inglaterra quem decidiu o envio das tropas inglesas ao Iraque. Será que a Rainha da Inglaterra, cujo filho espera desesperadamente pelo trono, para mais um reinado, ainda assim, não tem nenhum poder?

3. Porquê é que no seu lugar não coloca um cidadão comum para, como disse o chamuale Ricardo, servir de reconciliador? Porquê é que uns tem que ter direitos à nascença, especiais, que os outros? Por acaso nascem com órgãos que outros humanos não tenham? Ricardo!

4. Se os líderes africanos se perpetuam no poder é porque seus povos assim o desejam. Ou já se esqueceu que em Moçambique o povo acabou com a ditadura samoriana? O Ricardo seria um bom assessor dos líderes africanos que os indomáveis apodam de ditadores.

5. Vou terminar por aqui com um apelo. A África é dos africanos. O povo africano têm os governos que merecem. Cada país possui os seus males, não é de africanos nem de seus líderes as coisas más que acontecem neste vasto e belo continente. Ninguém deve policiar os sistemas africanos. Ninguém.

Zicomo

ricardo disse...

Cuspindo para o ar?!

"Africa é dos africanos! E quando pede dinheiro emprestado aos outros para se afirmar enquanto estado-nação, também é?!"

O que são os países africanos, sem a régua e o esquadro da Conferência de Berlim? Atreve-se-ia a pensar no possível re-desenho "Africano"?

Vindo logo de V.Excia, aí na Europa... Você toma os europeus por palermas?

Eles sabem o que realmente irá acontecer quando você puser os pés em África com o canudo na mão. E paradoxalmente, até você próprio...

Lembre-se de Lumumba, certo?

Quanto às monarquias, cite lá as tais monarquias europeias que "... conheço três a quatro países com reinados e não vejo neles, os reis ou rainhas, como reconcialiadores(as) de nada. Nada. Pelo contrário, são os privilegiados à nascença...", depois continuaremos.

Quanto a Rainha de Inglaterra. Você acha que é a Rainha QUEM decide tudo na Grã-Bretanha, então é um profundo desconhecedor da sociedade britânica.

Já que é historiador, sugiro que leia bem a história de Oliver Cromwell e porque razão, um regime republicano nunca vingou em solo britânico! Depois voltamos ao assunto.

V. Dias disse...

Depois de tanto dizer, então eu é que estou louco, mais uma vez! A história dirá.

Você porquê é que não sai de Moçambique e venha viver para Europa? Está ai porquê?

Quanto ao resto chamuale Ricardo, a História dirá. Se o I. Mussa não lhe suportou, imagina eu....

Zicomo

ricardo disse...

Para sua informacao, conheco muito bem a Europa. Dos pobres e dos ricos. Assim como conheco Africa dos pobres e dos ricos. E ate a America Latina dos pobres e dos ricos.

Falta-me conhecer a Asia e a Oceania, mas bem sei, que nao irei encontrar grande diferenca no que tange aos aspectos fundamentais.

Porque fazemos todos parte do sistema.

Se V. nao aguenta com a Europa, faca as malas e venha estudar, aqui, na UP!

Se nao me suporta, passe bem. Em compensacao, ha muita gente que acha o mesmo de si neste blog.

Mas ja reparou que QUEM SEMPRE FALA de Mussa e voce? Porque tanto nervosismo em relacao a esse cidadao? Voce nao passa de um aprendiz em politica, meu amigo. Ainda se vai engasgar um dia destes...

V. Dias disse...

Caro Ricardo,

1. Eu já estive na UP donde sai frustrado com o anterior e o actual reitor. Estou aqui a complementar os meus conhecimentos e não faço de graça. Pago as propinas como qualquer um. O que é que V. está a fazer aí, no meu país, num sitio onde as coisas mais lhe parecem lixeira de Hulene? Porque é que V. não vai viver no seio dos seus queridos indomáveis?

2. Estando cá, no seu mundo, não deixo de fazer louvores a minha densa e populosa África. Coisa que não acontece consigo, que vive frustrado com a vida, por isso e por nada tenta, sem sucesso, atrair para o bilis de seu carácter tantas moscas. Enganou-se chamuale, eu nem com mel me deixo atrair por nada.

3. Falo deste Fulano, Ismael Mussa, porque o sr. não pára de lhe perder o respeito em público. Não é correcto que faça dele um mote de Camões ou de António Aleixo, para atenuar as suas frustrações. Para isso existem os médicos, os curandeiros (ou será que um deles que lhe disse que a carga de azar que o senhor transporta é culpa do cidadão Mussá)? Deixe o home, pá!

4. Sim, sou miúdo em política. Tenho apenas 30 anos feitos no passado dia 1 de Abril. Pouca idade diante de um gorila que ainda não aprendeu nada de ética, premissa número um para quem quer ser um bom análista ou político. Eu já sei donde vem esta sua manigância, V. sempre esperou por benefício, coisa de camaleão. O rabo que fica sempre de fora, lixou-lhe a vida.

5. Conhece a Europa e o mundo todo. Pois fica sabendo que isso não revela ser um bom análista nem um bom entendedor das coisas. Um homem com experiência, disse Saraiva, é aquele que sente e percebe as coisas, o que dificilmente o chamuale Ricardo têm.

6. Só para lhe deixar claro, eu não estou aqui para agrandar a ninguém. V. conhece muito mal a um manhungue. Conhece-me mal. Eu não preciso de salamaleques para brilhar, nem de favores, o sol já brilha por si os filhos de Tete, que pena que V. não tenha tido esta sorte de ser um deles, mas não deixa de ser um dos filhos da casa, por isso ainda que tenho como irmão e lhe tolero. Lave bem a boca e os dentes, por favor!

Zicomo

ricardo disse...

Delirantes-paranoides a solta no blog...Freud explica. Palavras para que?

A coisa mais engracada e V. nao saber nada de mim. Em contrapartida, eu sei tudo de voce, ate aquilo que voce vai pensar quando ler este post.

Eh,eh,eh...