Avancemos mais um pouco nesta série.
Defendo que temos treinadores locais capazes de gerir a selecção nacional, gente capaz de ir para além dessa gestão e, com uma equipa profissional, com trabalho paciente e de longo curso, em condições para ter do futebol uma concepção operária que vá das escolas e dos juvenis aos jogadores séniores. Portanto, gente merecedora de auferir salários que, em nossos pecados extraveridos, entendemos pertencerem apenas aos treinadores estrangeiros. Naturalmente gente que, também, exige responsáveis federativos isentos das pressas dos resultados ganhadores.
Concepção operária que devia passar por um acordo de assistência permanente com a Faculdade de Ciências de Educação Física e Desporto. Por quê? Tentarei algumas ideias proximamente. Imagem reproduzida daqui (pode ampliá-la clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato).
(continua)
2 comentários:
Querem continuar como COBRAS ?
E uma boa abordagem do problema, pelo menos ao nivel conceptual. Iremos ver como e que se podera sustenta-la. Ou com o OGE (processo lento, mas pouco dinamico); ou com a cooperacao internacional (processo mais rapido, mas condicionado e difuso ).
E que, sabe Professor, no paradigma actual o desporto ja nao e governado apenas pelos ideais olimpicos (mens sana, corpus sanus). Hoje, o desporto e uma fonte de rendimento financeiro em larga escala.
Mesmo em Cuba ou na Coreia do Norte, paises onde a massificacao desportiva e ampla e bem sucedida, o mobil principal tambem e financeiro. Mas, dadas as caracteristicas do sistema politico desses paises, um investimento financeiro para a preservacao do proprio sistema, tal como ja o fazem por inerencia, a radio e a televisao.
O problema do nosso futebol e ainda nao ter sido descoberta a maneira de se fazer o casamento perfeito das duas situacoes, eis porque a abordagem que apresenta se torna interessante. Assemelha-se ao caso Camarones.
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