10 fevereiro 2010

Comparando Moçambique e Zimbabwe


Tomando com instrumento de medida o Legatum Prosperity Index de 2009 (referido neste diário em Outubro do ano passado, aqui), o Ricardo de Paris propôs, por email, que comparássemos o nosso país e o Zimbabwe. Reparem na nossa má situação na rubrica Educação (clique com o lado esquerdo do rato sobre a imagem para a ampliar).
Pergunta: o que pensa o leitor da comparação?

4 comentários:

umBhalane disse...

Sempre "pensei" que o Zimbabué estava muito melhor que Moçambique!!!

Será de confiança o emissor destes estudos?

Sir Baba Sharubu disse...

ZIM is better than MOZ in two factors: 1. Entrepreneurship & Innovation; 2. Education.

Mozambique has a president, Mr. Guebuza, who is also an entrepreneur. For this reason, I forecast an improvement of this factor during the next five years.
What disappointed me was the very poor performance of MOZ in Education. What could be done to improve on this situation ?

ricardo disse...

Reflecte a realidade actual de ambos países. Mas poderá ser rapidamente invertida pelo Zimbabwe quando a normalidade democrática regressar aquele país.

É sempre bom notar que até 15 anos atrás, o Zimbabwe era o segundo país mais pujante da SADC, logo a seguir à R.S.A.

O baixo indicador da Educação em desfavor de Moçambique, justifica-se porque já nos anos 80, o Zimbabwe tinha perto de 90% da sua população alfabetizada (um dos mais altos em África). E isso, é algo que não se destrói por decreto ou imbecilidade humana. O espírito empreendedor zimabaweano pode ser avaliado em dois (2) prismas: a escola britânica que também caracteriza as economias dos países mais avançados; também, as dificuldades por aquele país passa, que reforçam o "engenho" do Empresário zimbabweano que ainda confia nos melhores dias. Com Tendai Biti nas Finanças, algum conforto foi passado a este para o renascimento da esperança de dias melhores em Harare. Lembremo-nos que, o Zimbabwe enquanto Estado autónomo da Grã-Bretanha (1965), esteve na maior parte de sua existência sujeito à sanções, o que contribui para a germinação deste espíritro. Recordemo-nos dos exemplos de Cuba, RSA e até Moçambique, que conhecem ou conheceram os seus melhores períodos de inovação e empreendedorismo quando sujeitos a duras penas.

Vide ainda o site do Ministério das Finanças do Zimbabwe: http://www.zimtreasury.org/

E vide também o site do Ministério das Finanças de Moçambique:

http://www.mf.gov.mz/web/guest

Estilos bastante diferentes, não acham?

umBhalane disse...

Mais palavras para quê???

"Lembremo-nos que, o Zimbabwe enquanto Estado autónomo da Grã-Bretanha (1965), esteve na maior parte de sua existência sujeito à sanções, o que contribui para a germinação deste espíritro."

"...a escola britânica ..."

Doa a quem doer.

Só há um pequeno problema - a inércia (propriedade dos corpos que não podem, de per si, alterar o seu repouso ou o seu movimento) não dura sempre.

Esse "movimento" vem detrás, "e isso, é algo que não se destrói por decreto ou imbecilidade humana"

"Porque o pior cego é aquele que não quer ver."