E termino esta série.
Em vários números, procurei mostrar que “o poder simbólico é a mais elegante e invisível forma de poder que há, aquela que não parece ser poder, que parece ser apenas técnica, artefacto neutro, por exemplo televisão inocente, recreativa, informativa. Mas que é, afinal, poder mágico, verdadeiro poder carceral, poder que permite obter o equivalente daquilo que se obtém pela força física ou económica” .
Na verdade, no caso da televisão a visibilidade desse poder não está apenas naquilo que se vê e se aceita, mas também - e especialmente - naquilo que não se vê. A discursividade ideológica não carece de dizer que é, basta apenas dizer que não é (isto é, efectivamente, bem visível). Uma parte significativa dos programas televisivos ocupados com recreação de vário tipo é bem mais do que isso, do que recreação: é poder simbólico em bruto, é técnica subtil que anestesia, desvia, evacua os potenciais de crítica, integra socialmente.
Finalmente: o poder simbólico é menos decisivo em si do que pela nossa aceitação, satisfeita, complacente, digestiva. Em última instância, somos nós quem, afinal, o exige e reproduz, o que os políticos e os empresários sabem bem.
Em vários números, procurei mostrar que “o poder simbólico é a mais elegante e invisível forma de poder que há, aquela que não parece ser poder, que parece ser apenas técnica, artefacto neutro, por exemplo televisão inocente, recreativa, informativa. Mas que é, afinal, poder mágico, verdadeiro poder carceral, poder que permite obter o equivalente daquilo que se obtém pela força física ou económica” .
Na verdade, no caso da televisão a visibilidade desse poder não está apenas naquilo que se vê e se aceita, mas também - e especialmente - naquilo que não se vê. A discursividade ideológica não carece de dizer que é, basta apenas dizer que não é (isto é, efectivamente, bem visível). Uma parte significativa dos programas televisivos ocupados com recreação de vário tipo é bem mais do que isso, do que recreação: é poder simbólico em bruto, é técnica subtil que anestesia, desvia, evacua os potenciais de crítica, integra socialmente.
Finalmente: o poder simbólico é menos decisivo em si do que pela nossa aceitação, satisfeita, complacente, digestiva. Em última instância, somos nós quem, afinal, o exige e reproduz, o que os políticos e os empresários sabem bem.
(fim)
Pergunta: o que acham os leitores das hipóteses colocadas?
1 comentário:
Enfim...a arte de vender!
Concordo com as hipóteses.
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