02 janeiro 2010

África, continente-natureza

Podemos começar pela publicidade turística e, depois, percorrermos jornais e blogosfera. A imagem que se produz de África é invariavelmente a mesma: a de um continente-natureza, força selvagem em estado puro e ígneo, a África dos animais, do secreto, do fabuloso, do fantástico, do exótico. O continente é a coutada, o animal bravio, o mar, os habitantes do mar, a máscara, o folclore, a tribo, a história evacuada pelos estereótipos (foto reproduzida daqui).

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente descrição! Infelizmente, somos nós mesmos que vendemos essa imagem de uma África, continente-natureza. E fazémo-la (vendémo-la) em discursos de angariação de turistas, onde procuramos no máximo "naturalizar" a África expondo a "nossa rica cultura, o nosso mosaico cultural, a nossa diversidade étnica, a biodiversidade, os ecossistemas, etc". Até parece um continente despido do social, onde tudo corre e ocorre naturalmente, um continente de relações "naturais" E. Beúla

Carlos Serra disse...

Nem nos apercebemos do que naturalizamos.