15 fevereiro 2015

Renamo: desobediência civil como estratégia política (11)

Décimo primeiro número da série. Prossigo no ponto 4 do sumário proposto aqui, a saber: 4. Povo-escudo dos comícios. Há uma mudança retórica importante no discurso da Renamo em geral e do seu presidente em particular: a clássica ameaça de guerrilha é substituída pela ameaça da jaquerie, a Kalashnikov pela promessa do protesto popular generalizado. É neste sentido que Dhlakama promete fazer cair o governo de Filipe Nyusi caso este não ceda às suas exigências de redistribuição de recursos de poder e prestígio tendo em conta o modelo eleitoral de representação proporcional à sul-africana.  Se não se importam, prossigo mais tarde.
Adenda 1: Do cesarismo de Dhlakama: "O líder do partido Renamo deixa claro que “não há guerra” mas não vai tolerar provocações. “Quero deixar claro aos comunistas da Frelimo se tentarem provocar a Renamo, tentarem disparar para a Renamo, juro pela alma da minha mãe que a resposta não será aqui no norte (...) agora é aquecer lá, nos prédios lá, lá em Maputo onde estão os chefes”. Aqui.
Adenda 2: segundo o "Verdade/Facebook", Dhlakama autoproclamou-se herói. Aqui.

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