27 outubro 2011

Para ganhar as eleições em Quelimane (11)

Prossigo a série, ainda no primeiro dos três pontos que propus aqui.
1. Pontos discursivos. No número anterior perguntei se os candidatos a edil de Quelimane deviam inscrever nos seus discursos o mesmo padrão discursivo de bens de consumo. A resposta é sim e não. Sim, no quadro geral da propaganda; não, no quadro particular. A cidade de Quelimane possui espaços habitacionais diferentes, esses espaços têm relação com relações assimétricas de produção e distribuição. Sem dúvida que há Machuabo e quelimanenses. Mas sem dúvida, também, que são socialmente diferentes.
2. Actores-alvo. Então, o ponto central tem a ver com a gestão dos actores-alvo. Que tipo de actores-alvo? Esta pergunta remete para uma outra: que tipo de candidatos a edis fazem propaganda eleitoral?
Deixem-me prosseguir mais tarde. Foto reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: abordo múltiplos aspectos da engenharia eleitoral no seguinte livro: Serra, Carlos (dir), Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, 354 pp., confira especialmente as pp. 43-243.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Um candidato é empresário, outro é funcionário público, que cenários?