Imaginemos que um dia temos no país clubes desportivos com nomes proreligiosos deste género: Futebol Clube Católico, Nacional Protestante, Clube dos Nativos de Jesus, Juventude Muçulmana, Desportivo Ortodoxo, Sporting Vishnu, etc.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Eu apostaria nos bons resultados do Desportivo MaZione.
O meu pobre Atlético Ateísta não devia ter muitos sócios e meios...
Mais a sério, essa perspectiva preocupante (por conglomerar formas diferentes mas relevantes de de cisão, cristalizando-as e reforçando tendências etnocêntricas) surge curiosamente num livro de BD da autoria de Enki Bilal, passado algures para o fim do século.
Há antecedentes europeus, embora não com a pertença religiosa explicitada no nome: por exemplo, os dois principais clubes de Glasgow (católico e anglicano), ou o Ajax de Amsterdão, cujos adeptos (de todas as confissões religiosas) são por vezes alvo de hooliganismo anti-semita, por os fundadores e os principais financiadores do clube serem judeus.
Mas, com nomes confessionais explícitos, só conheço de facto o caso moçambicano.
Aposto também no Desportivo Mazione...Abraço.
Já agora o "Clube Benfica dos Curandeiros".
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