Segundo o "Diário da Zambézia" de hoje, (1) agricultores abandonam a produção agrícola no distrito do Gilé para se dedicarem ao garimpo e (2) reina o caos na cidade de Quelimane em cinco meses com a nova gestão municipal pois "Não há esquina nenhuma desta cidade que não se vê a venda de roupa, sapato, lanho, cigarro, etc. Em alguns casos, até os passeios foram invadidos pelos informais. Nos mercados, a organização deixou de existir, cada um vende onde quer e quando quer, mesmo sabendo que prejudica o seu colega, isto não lhe importa. Um verdadeiro salve-se quem puder, numa cidade em que é para todos." Aqui.
Sugestão: siga a minha série intitulada "Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique", aqui.
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4 comentários:
A cidade de Quelimane não é caso isolado, a desordem virou regra na gestão urbana. Ainda há dias conversava com amigos sobre o urbanismo 'nhancalino' que já vem consumindo a reserva da ANE para a N2 a favor do licenciamento de estabelecimentos de venda de materiais de construção, mercearias e lavagem de carros. Numa altura em que o mais míope nota que os engarrafamentos são um fenómeno prejudicial para a economia.Que as estradas terão que ser alargadas, sem qualquer outra opção.
Ora aqui está o nosso problema, entre a ordem exigida num lado e aquela exigida noutro. Quem tem "razão"?
Queiramos ou não tem que haver o mínimo de regras sob pena de tudo descambar.
Mas para ser honesto, todos queremos ordem para os outros... Exemplos há muitos, mas ontem estacionei o meu carro numa das paragens desta cidade e veio um senhor, muito assenhorado e estacionou o seu carro mesmo detras do meu. Queria sair e estava condicionado à sua chegada. O carro? Um Prado daqueles bem bonitinhos... Depois de um tempo de espera, chegou o senhor e disse-me com um ar inocente: "Foi so por menos de um minuto que fiquei aqui parado". Olhei para ele, fiz um gesto de desagrado e ... fui-me embora. "Se este tipo de gente faz isso, que farão os que não têm acesso a nada de nada"? pensei...
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