22 maio 2012

Quem ganha, quem conduz, quem influencia?

Com um pouco de atenção, nos mais variados contextos, aos mais variados níveis, em modalidades múltiplas, mesmo naqueles campos e actores que aparentam ser desinteressados, apercebemo-nos de como a luta pela preeminência ocupa uma parte significativa da vida social. Com um pouco de atenção, especialmente de atenção aos fenómenos que parecem sem importância, aprendemos quanto a hierarquia é um eixo de combate, de prazer ou de dor em sua medula de ambição  e luta sem fim.
Lembro-me, então, do que escreveu o sociólogo francês Michel Crozier, no seu clássico O fenómeno burocrático: "A análise empírica demonstra que [o jogo da cooperação, ao mesmo tempo de conflito e de cooperação, CS] é dominado por problemas de poder; não o poder no sentido político e mais ou menos mítico do termo, esta entidade que reside no topo e que poderíamos um dia capturar, mas as relações de poder, estas relações que todo o mundo mantém com todo o mundo para saber quem perde, quem ganha, quem conduz, quem influencia, quem depende de quem, quem manipula e até onde o faz." (Paris: Éditions du Seuil, 1963, p. 7, tradução minha, CS).

3 comentários:

Marta disse...

Alguém tem dúvidas?!

nachingweya disse...

Segundo Bertrand Russell no seu livro "Power- A new social analysis" os mecanismos de dominação e submissão são de natureza instintiva. Tanto na família, no estado ou nos negócios

nachingweya disse...

Segundo Bertrand Russell no seu livro "Power- A new social analysis" os mecanismos de dominação e submissão são de natureza instintiva. Tanto na família, no estado ou nos negócios