22 julho 2010

LGBT: Moçambique absteve-se

A organização International Gay and Lesbian Human Rights Commission recebeu por votação estatuto consultivo do Conselho Económico e Social das Nações Unidas. A resolução foi aprovada com 23 votos a favor, 13 contra, 13 abstenções (entre as quais a de Moçambique) e cinco ausências. Aqui.Free Translation

14 comentários:

disse...

Portugal não vota?

Anónimo disse...

Qual é a ideia??? O que é que eles tem que fazer nessa comissão? Cada vez entendo menos esta coisa dos gays... E as mensagens exteriores me deixam ainda mais confuso...

Anónimo disse...

Para o anónimo que pediu esclarecimento aí vai um texto extraído da Folha.com.

Agora, se me perguntar porque Moçambique absteve-se, sinceramente não sei.

ONU concede status consultivo a grupo que defende direitos gays (19/07/2010)

A ONU concedeu nesta segunda-feira status consultivo ao Conselho Econômico e Social à Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas, apesar da resistência de Egito, China, Rússia e de outros países.

O grupo havia solicitado há três anos essa credencial, que lhe dá o direito de fazer lobby junto à entidade.

No mês passado, uma comissão da ONU que credencia ONGs rejeitou o pedido, por causa do voto em contrário de vários integrantes. Delegações ocidentais prometeram então se empenhar para reverter a decisão no plenário do Conselho Econômico e Social (Ecosoc).

EUA, Reino Unido e outros países ocidentais pediram a todos os 54 países do conselho que votassem pela inclusão do grupo homossexual na reunião de segunda-feira. No final, foram 23 votos a favor (inclusive do Brasil), 13 contrários e 13 abstenções.

Egito, China e Rússia mantiveram sua oposição contrária, ao lado da Venezuela e diversos países islâmicos.

Rosemary DiCarlo, embaixadora-adjunta dos EUA na ONU, elogiou o resultado. "O Ecosoc novamente passou uma clara mensagem ao comitê das ONGs e à comunidade internacional de que ele assegurará que vozes diversas da sociedade civil, inclusive aqueles que advogam pelos direitos LGBT, sejam ouvidas nas Nações Unidas", declarou.

O embaixador-adjunto do Reino Unido, Philip Parham, disse ao Ecosoc que a presença da Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas "agregará uma voz importante para as nossas discussões na ONU."

Cary Alan Johnson, diretor da entidade homossexual, disse em nota que a decisão foi "uma afirmação de que as vozes das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros têm um lugar nas Nações Unidas como parte de uma comunidade vital da sociedade civil."

Fonte: Folha.com

ricardo disse...

Lobby gay local tem muito para ralar. Mas, se desse mato sair um pote de ouro para programas governamentais de gayizacao da populacao, e possivel que se lhes abram finalmente as portas...

Porque, afinal, todo HOMEM (inclusive os gays) tem o seu preco!

umBhalane disse...

Sou muito pouco versado em gays, não gays, religiões,..., e muitas outras coisas.

Simplesmente porque penso que ninguém tem nada com isso, isto é, ninguém tem nada com a vida de cada um, DESDE QUE, não colida com o espaço do outro.

Eu também não ando na rua a arvorar-me em "macho", em manifestações, ou em grupos de pressão para o efeito.

Portanto, cada um que faça a vidinha que quiser, com respeito pelo outro, normalmente - e escuso de ser mais claro.

E tudo isto para chegar à questão levantada pela Té - "Portugal não vota?"

1 - Em Portugal não há gays - absurdo, conheço alguns;

2 - Em Portugal os gays não estão organizados - falso, até estão;

3 - Os gays Portugueses não acham necessárias estas organizações, estas movimentações.

Creio ser este último ponto o mais próximo da realidade.

"Afinale", em Portugal a tolerância a respeito pelos LBST é um facto indesmentível, maugrado algumas aves raras (transversal) gostarem sempre muito de aparecer nas TVs, e bambolearem-se vergonhosamente, indecorosamente, nas avenidas e locais públicos, de quando em vez, e a reboque do lobby internacional.

Nunca escrevi/falei tanto de LBST na vida - também nunca precisei.

"Afinale"? (em Portugal?)

Anónimo disse...

A única coisa que os gays e lésbicas moçambicanos desejam é ter os mesmos direitos que os outros seus concidadãos (porque deveres eles já têm os mesmos)!!!

V. Dias disse...

Moçambique este bem ao abster-se. Sobre os gays e lésbicas, disse tudo nesta frase "NÃO".

Não passa muitos dias que um grupo de estudantes “invadiu” lavabo feminino. O segurança, um tipo robusto e alto de meter medo, perante aquela situação aparentemente caricata, apresentou o seu voto (poder) muscular, para lhes retirar de lá.

Um dos jovens, de estatura baixa, respondeu-lhe: “o senhor segurança não tem porque nos retirar daqui (de lavabo feminino) uma vez que nós, desde que o presidente Cavaco Silva promulgou a lei que autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo, nós, diziam eles, viramos gays. Somos mulheres por força desse decreto. Portanto, o senhor não tem porque nos escorraçar deste lavabo.”

Ora aí está mais um caso, digo, consequência drástica de se ter a mente limpa. Na região do SAHEL, por exemplo, mal se convive com “pequenas práticas” chegando a condenar, às vezes, pessoas inocentes à pedrada como foi o caso de uma criança de 10 anos que foi apedrejada por 50 homens.(Telejornal da SIC, 21/07/10).

Imagina à introdução desta epidemia naquela região extremamente tradicional como é o caso de Moçambique? Na Zâmbia, segundo a postagem colocada aqui no Diário de um Sociólogo esta semana, 23 por cento dos infectados são gays. Por amor de Deus, ainda querem provas de que esta doença chamada "gays e lésbica" vai acabar com o nosso belo e maravilhoso país? Eu não aceito isso.

Zicomo

Anónimo disse...

V. Dias, nenhum desses casos que apontaste responde à questão de direitos iguais.

1. Direitos iguais não tem nada a ver com meninos indisciplinados que vão chatear o segurança de um lavabo feminino.

2. Direitos iguais não tem nada a ver com 23% infectados na Zambia que são gays. Porque aí teríamos que pensar nos restantes 77% que são heteros. Vamos proibir o casamento hetero por essa razão?

Sejamos sérios Viriato: Da mesma forma que eu não tenho de decidir com quem tu deves ou não casar, tu tambem não deves decidir com quem eu devo casar.

E assim teremos direitos iguais.

Guei

V. Dias disse...

Caro Guei,

Repito: Segundo a postagem publicada aqui - no Diário de um Sociólogo - enfatiza que 23% da população da Zâmbia está infectada do vírus da SIDA. 23%!!! Esta percentagem de infectados ocorre em menos de 10 anos. 10 anos!!!

Em Moçambique, desde que esta epidemia surgiu, 5% dos infectados são gays/lésbicas. 5% em menos de 10 anos!!! Não sei se está atento ao ponto de exclamação que faço questão de colocar.

Vamos lá ver uma coisa, chamuale. Se em menos de 10 anos temos estes números assustadores, que dizer daqui há 40 anos? Será uma hecatombe. Um colapso.

Não sei onde é que o meu amigo Guei foi buscar os 77% de infectados entre os heteros. A ser assim, faças bem as contas, caso contrário eu lhe ajudo: teríamos 77% dos heteros + 23 dos gays e lésbicas totalizavam 100% dos infectados! Que sociedade que o Guei conhece em que o nível de infecção da população local é de 100%? Só no espaço.

Os gays e lésbicas enquanto homens/mulheres tem os seus direitos, estes ninguém lhes deve tirar. Repito, como homens e mulheres. Como pessoas, a sua integridade física e moral é-lhes inabaláveis. O problema está na insistência de se introduzir na sociedades um surto que terá consequências nefastas para as sociedades.

Se entre os heteros não se consegue combater a SIDA, imagina se esse surto eclodir nas sociedades?

Como diria Nicolau Bryener "a mim ninguém me dá baile". Ninguém. Não vamos a lado nenhum com está prática. É só ver que os países que lutaram para a sua introdução estão à beira do colapso social. Todos eles. E Moçambique quer seguir esta via? NÃO.

Há que repensar.

Zicomo

Anónimo disse...

Viriato Dias, vamos começar pelos 23%+77% que questionas:

1. Na tua primeira mensagem escreveste "Na Zâmbia, segundo a postagem colocada aqui no Diário de um Sociólogo esta semana, 23 por cento dos infectados são gays."

Logicamente, e partindo do que escreveste nessa mensagem, se os 23% dos infectados são gays, os restantes 77% dos infectados não são gays.

Assim, 100% refere-se ao universo total dos infectados e não da população. (Como vão as tuas aulas de matemática, Viriato Dias, para estarmos a discutir questões tão básicas?)

2. Não te espanta que apesar das campanhas públicas de prevenção dirigidas aos heteros esses continuem a infectar-se? O que esperar dos gays que não têm nenhuma campanha pública dedicada a eles?

Estás a imaginar os nossos jovens moçambicanos, no auge da puberdade, sem ninguem a dizer-lhes para eles protegerem-se nas relações sexuais homem-homem ou mulher-mulher? Consideras-te cúmplice dessa situação?

2. Agora, voltando a questão principal: se há mais heteros infectados do que gays infectados porque se dá aos heteros o direito civil de eles casarem-se e proibe-se aos gays o mesmo direito? Consegues responder a esta questão ou vais novamente desviar-te do assunto?

Guei

V.Dias disse...

Guei,

Fui incorrectamente mal compreendido, aliás, da maneira como escrevi pode incorrer a esse erro, o qual, tenho de reconhecer, o Guei está repleto de razão. Já não acontece a mesma coisa na causa que defende, “a causa dos gays”, senão vejamos o seguinte.

O que eu queria dizer (agora com o artigo na mão) é que na Zâmbia, a seropre¬valência entre os gays é 33% enquanto na população geral é 14 %. No Zanzibar, 12% contra menos de 1%. No Mali e Gana, a prevalência do HIV na população no geral é abaixo de 5%, mas 37% e 25% entre os gays , respecti¬vamente.

Repare que não são 23% como dizia, são 33% contra 14% da população geral (hetero). O que é que me tem a dizer em relação a estes dados? Repare que, segundo esta fonte, por sinal fornecido por Danilo, um dos defensores desse surto, em Zanzibar temos 12% contra 1% da população geral. Veja o caso do Mali e Gana. Ainda assim está indiferente a estes dados? Chamuale, o que me tem a dizer?

Veja como à introdução desta epidemia está a colocar a raça humana em extinção. Porque será que em pouco tempo os gays nestes países são responsáveis por índices tão elevados de HIV-SIDA?
Se dá o direito a casamento civil aos heteros porque eles multiplicam-se, os gays já não.

Há mais probabilidade de control nos heteros do que nos gays. Como pode, por exemplo, um país combater o despovoamento se quer introduzir a prática gay nesse país? Como pode um gay querer adoptar uma criança se ele mesmo renuncia o estado hetero?

Zicomo

Anónimo disse...

Meu caro V. Dias,

Mais uma vez vou tentar responder às suas perguntas:

1. Conforme informação proporcionada por si, a percentagem de prevalência entre os gays é maior do que entre a população em geral. E o Viriato não desconfia que contribui para isso o facto de não haver campanhas de prevenção dirigida aos gays?

2. Conforme diz, não se dá direito a casamento civil aos gays porque, na sua opinião, eles se multiplicam? Bom, pelo menos já reconhece que não temos os mesmos direitos. Quanto aos deveres temos os mesmos, como sabe. Por fim, a pergunta que fica é: Há casais heteros que são estéreis, eles devem tambem ser proibidos de casar?

3. As outras perguntas são tão tolas que ultrapassam o limite da minha paciência; mas resumindo e repetindo o que já lhe disse antes: da mesma forma que eu não tenho de decidir com quem o V.Dias deves ou não casar, o V.Dias tambem não deve decidir com quem eu devo casar. O que lhe custa entender isso?

Guei

V. Dias disse...

O que o Guei faz ou deixa de fazer com o seu parceiro não me diz respeito. Acredite! O que me preocupa, porém, são as consequências.

Não acho correcto, nada correcto, que o Governo legalize a causa dos gays. Legalizar a causa dos gays é permitir que o índice de infecção dispare (observe com atenção os dados que o SAVANA apresenta).Não lhe preocupam?.

Acha o Guei que a campanha de prevenção que o Governo faz não abrange os gays? Abrage todos os seres humanos, independetemente da sua orientação sexual. Até os "tapa furos" têm esses direitos. E acho bem.

Dizia eu que legalizar a causa dos gays/lésbicas é aceitar o despovoamento/baixa taxa de natalidade (pode não causar efeitos tão já, mas nos próximos 5O anos será um caos);

É permitir que, cedo ou tarde, eles adoptem crianças (como podem adoptar crianças se renunciam a esta condição?);

É abrir precedência a outras causas (dos "rastas man", dos "bataquios", etc. As coisas más criam contágio. Disso não duvide caro amigo);

É admitir que uma sociedade entre em decadência, sobretudo a conflitualidade (jamais os não gays conviverão pacificamente com os gays) daí que nos países onde a sua legalização é uma realidade, a prestação de seriviços são muita das vezes separados de acordo com a orientação sexual da pessoa. Imagina meu caro amigo esta prática em África. As consequências que a imprensa nos relata não lhe preocupa? E não pense que será uma causa com vencedores, será daquelas guerras que os Governos trava contra os contrabandistas, drogados, corrupão, não tem fim nem vencedores.

É permitir a multiplicação da violência, arruaça, quebra dos valores tradicionais, desvio de comportamento.

É permitir que o tecido social entre em colapso (os gays serão sempre uma minoria);

Uma lezalização dos gays irá multiplicar os casos de tráfico de crianças, casos de violência, separação de famílias, de casais, de pessoas. Disso não tenha dúvida.

Não se trata de nenhuma cruzada contra os gays, até porque não tenho como ter, mas não estou a favor que haja uma legalização da sua causa. Que seja gay no quarto mas não no papel. Isso NÃO.

Solução: 1)criaçaão de zonas tampão onde os gays/lésbicas possam satisfazer o seu ego. 2) não penalizar as pessoas do mesmo sexo que forem encontradas a se baijar em asta pública, mas, atenção, nada de legalizar.

Zicomo

Anónimo disse...

Que pena Viriato Dias,

Estamos a discutir sobre gays e vê-se que sabes muito pouco sobre eles.

Se te interessa sair da ignorância, tenta fazer amizade com eles: provavelmente descobrirás que muitos deles até são pessoas que tu podes contar com elas e não merecem os ataques por ti desencandeados. Nunca é tarde para nos arrependermos.

Guei